sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Como perder uma eleição em 10 lições

Por Parsifal Pontes


Na postagem “As luzes da ribalta”, um comentarista enumera "Como perder uma eleição em 10 lições":


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Qualquer semelhança é mera coincidência…

Saaep: 1.700 famílias de Palmares Sul receberão água tratada regularmente

“É muito bom que a prefeitura esteja com esse trabalho aqui, pois o serviço de água é essencial”. A comemoração é de Ana Carla Moraes, que mora em Palmares Sul há dois anos. Ela fala sobre a obra de substituição de toda a rede de distribuição e a interligação com o novo sistema de abastecimento que a prefeitura está implantando no local.

Fotos: Anderson Souza | Ascom
 
Diego Pajeú
Núcleo de Imprensa | Ascom

Atualmente, um sistema alternativo formado por poços profundos atende as 1.700 residências de Palmares Sul, mas o abastecimento ainda não é regular. Com a conclusão do serviço, prevista para o início de março, 100% das casas vão receber água tratada regularmente.

Mas essa não é a única notícia boa. A tecnologia da nova tubulação é a mesma da que substituiu, recentemente, a antiga adutora da Estação de Tratamento de Água I (ETA I). O Polietileno de Alta Densidade (PEAD) garante maior durabilidade à rede, evita vazamentos, desperdício e inibe as ligações clandestinas. Diferente do Policloreto de Vinila (PVC), o PEAD não permite ligações com cola, mas utiliza alta fusão: as conexões recebem energia, que aquece, solda e funde o material.



Duas frentes de trabalho realizam o serviço de substituição da rede e concluem, aproximadamente, 1.000 metros por dia. Cada casa também receberá um hidrômetro para micromedição. Para o prefeito de Parauapebas, Valmir Mariano, o trabalho para aumentar a distribuição e levar água de qualidade a toda população do município é um compromisso que está sendo cumprido. “Esperamos sanar, de uma vez por todas, o problema de água em Parauapebas”, diz. 

A prefeitura deve iniciar em fevereiro a construção do sistema de abastecimento de Palmares II. As obras da captação, estação de tratamento, bombeamento até o reservatório e reservação já estão licitadas e começam em breve. Já a licitação da rede de distribuição e micromedição deve ser realizada até julho.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Preço de material escolar pode variar mais de 800%



O ano começa pesado para quem tem filhos estudando: o material escolar, vilão número um da renda familiar de janeiro, tem tirado o sossego de muitos pais. 

E estudar pode sair muito caro principalmente para quem vai começar os primeiros anos de alfabetização, pois a listagem de materiais é maior.

 A estratégia então é pesquisar preços em lojas e também na internet antes das compras. Pesquisa feita pelo site de compras Zoom revelou que o preço dos materiais podem variar até 802% de uma loja para outra, o que na prática dará uma diferença de até R$ 1.156 na conta.

A técnica em Química Gyselly Reis conhece bem a importância de pesquisar antes de comprar os pedidos das escolas. Com dois filhos, um adolescente que este ano irá cursar o 8º ano, e outro que vai começar a estudar agora, não é possível passar o material que o mais velho usou ano passado ao iniciante. 

“Tive que pesquisar mesmo, porque tenho que comprar tudo de novo”, ressaltou a mãe.

Gyselly optou por começar as compras pelos livros didáticos – para ela os itens mais importantes da sua lista. “Os livros estão bem mais caros este ano. Só com o mais velho gastei R$ 850, um deles custou R$ 103”. Diante dos preços, precisou comprar a metade no cartão.

Atenta à qualidade dos produtos e ao preço, a adolescente Larissa Rosa, 14, acabou revelando o que aprendeu com os pais na hora de fazer as compras: que o importante é primeiro pesquisar. Ela recebeu a missão de comprar o material escolar para a irmã menor e ao receber a lista acessou a internet. “Tem coisas mais baratas, mas aí a gente ia perder no frete. Então vim à livraria e vou comprar onde será mais em conta”.

Preço das marcas

De acordo com a pesquisa, a maior variação de preço dos produtos está relacionada à marca de cada item. Um exemplo disso está no valor das mochilas, que podem custar de R$ 14,89 a R$ 379,90. Os itens que possuem marcas licenciadas e patentes podem custar até 5.000% a mais. 

A universitária Ana Letícia Guimarães, 22, comemora o fato de não mais se preocupar com uma lista grande de materiais, mas alerta: “Quando posso, antecipo a compra porque no início do ano fica mais caro”.

A farmacêutica Eliane Chagas observa que muitos dos produtos solicitados não são usados pela criança durante o ano letivo. “Eu solicitei a direção da escola que me apresentasse o conteúdo programático do 1º ano, que é a que o mais novo vai cursar. Vou comprar conforme eu verificar o programa. Ano passado comprei um livro de R$ 156, no qual só foi usado duas vezes pelo meu filho”, reclamou.

(Diário do Pará)

A FARRA DOS CARGOS PÚBLICOS NO BRASIL.


Anjo Boligan

O cartunista mexicano Anjo Boligan é considerado um dos melhores do mundo e já venceu 137 prêmios internacionais no ofício. Abaixo, uma de suas obras, sobre a mudança de comportamento da puberdade digital.
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E abaixo a crítica de Boligan à violência no México:
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25/01/14

Brasil tem 1,5 milhão de pessoas livremente nomeadas por gestores públicos

A estrutura orgânica dos EUA, aí compreendidos a presidência da República, governadores, prefeitos e poderes legislativos, tem a prerrogativa de nomear cerca de 100 mil cargos de confiança.
Os prefeitos municipais dos EUA nomeiam cerca de 30 mil cargos, mas observe-se que os EUA têm 18.443 municípios.
O presidente da República dos EUA nomeia cerca de 9 mil cargos. Os governadores cerca de 3 mil e os poderes legislativos estaduais e municipais cerca de 58 mil.
O grosso cálculo fiz a partir de informações do portal United States Census Bureau.
> No Brasil
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Fundamentada em dados do Ministério do Planejamento, a Veja reportou que o presidente da República do Brasil nomeia 23.579 pessoas: quase o triplo do que nomeia o presidente dos EUA, a maior economia do mundo.
A Veja compara os cargos de confiança nomeados pelos mandatários de alguns países com o Brasil. O número dos EUA, segundo a Veja (8 mil), aproxima-se da conta que fiz (9 mil):
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Ao se somar os cargos de confiança de toda a estrutura orgânica da Federação brasileira (União, Estados e municípios), o camelo passa no buraco da agulha: presidente, governadores, prefeitos e membros do Poder Legislativo nomeiam livremente, segundo cálculos da OCDE, garimpados nas fontes do IBGE, cerca de 800 mil pessoas.
O custo anual dessa sandice ao erário da República é cerca de R$ 40 bilhões: o dobro do dispêndio do Governo Federal com o programa Bolsa Família, que paga cerca de R$ 20 bilhões por ano para 13,8 milhões de famílias.
> Pode ser mais
O escritor e historiador Célio Turino, no artigo “Reduzir cargos de livre nomeação para melhorar a Gestão Pública”, aumenta a conta: segundo ele, se agregarmos à estrutura acima citada os cargos de livre nomeação nos partidos políticos, que são pagos com o erário através do fundo partidário (R$ 294 milhões em 2013), o contingente sobe para 1,5 milhão de pessoas.
> Nós podemos!
Para finalizar o retrato em preto e branco desse amargo problema, volto a colar o quadro comparativo da Veja:
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Apenas o gabinete do governador do Pará tem mais assessores de livre nomeação do que a presidência da República do Chile e do que os primeiros ministros da Alemanha e da Inglaterra!

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O QUE ESTÁ SENDO FEITO COM OS PNEUS USADOS EM PARAUAPEBAS ?

Soubemos que o aterro sanitário " lixão" de Parauapebas esta proibido de receber Pneus usados ,então onde estão colocando os pneus usados de nossa cidade?

Com a resposta a Secretaria de Meio Ambiente.




O que fazer com os pneus usados



 

A transformação dos pneus para a forma que conhecemos começou a acontecer no ano de 1843, após Charles Goodyear – isso mesmo Goodyear, ter patenteado o processo de vulcanização da borracha, o que a torna mais estável e resistente a mudanças de temperaturas.  Em 1846, Robert William Thomson criou a bolsa de ar que daria mais estabilidade e conforto aos carros modernos. A última grande mudança na estrutura dos pneus aconteceu em 1946, quando a Michelin desenvolveu  o primeiro pneu radial.

Desde sua invenção até hoje, o uso dos pneus aumentou consideravelmente. Só no Brasil, em 2008, foram produzidos cerca de 61,5 milhões de unidades.   Há uma estimativa de que aproximadamente 100 milhões de pneus velhos estão espalhados em aterros, terrenos baldios e rios.

Mas, o que fazer com os pneus usados?

 

Existem algumas iniciativas que viabilizam a reciclagem de pneus usados, um exemplo é a Reciclanip, que é uma iniciativa das fabricantes de pneus Bridgestone Firestone, Goodyear, Michelin e Pirelli. Desde 2007, quando o programa começou, até 2009, aproximadamente 140 milhões de pneus de automóveis foram recolhidos.
Outra iniciativa é a utilização de pneus usados na fabricação de concreto ecológico. Para fabricação do concreto é acrescentado 30% de pedaços de pneus na massa, o que garante menor custo. Pneus também têm sido reaproveitados na fabricação de sandálias, a marca Gook, pioneira neste processo, já reciclou mais de 1 milhão de pneus, além disso a empresa tem um programa de reciclagem de sandálias usadas.

5 curiosidades sobre os Pneus

1-    Os pneus têm data de validade. Ela é de cinco anos a partir da data de fabricação, que é informada por um número de três algarismos na lateral do pneu, perto da palavra DOT. Ele indica a semana nos dois primeiros algarismos e o ano de fabricação no último.

2-    A maioria dos pneus não é feita com borracha natural, que vem da seringueira. Ele é quase que inteiramente produzido a partir do petróleo. O pneu de um carro de passeio leva em sua produção cerca de 25 litros de petróleo.

3-    Pneus agrícolas em geral usam água em seu interior. Como os tratores costumam rodar sobre terra fofa, eles precisam ter o maior peso possível para conseguir a aderência necessária. E a água é o material mais barato do mercado para dar lastro aos pneus.

4-    O pneu de um avião pode ser recauchutado 11 vezes e é calibrado com nitrogênio, para que sua pressão interna não se altere tanto com as variações de temperatura a que é submetido. Não é para menos, afinal um pneu desses pode ser submetido a -60 °C durante o voo e, na aterrissagem, pode alcançar 100 °C.

5-    Um pneu demora cerca de 600 anos para se decompor.





Por iniciativa do Grupo de Estudos em Preservação à Biodiversidade (Gebio), que é uma Ong surgida pela vontade da preservação ambiental no município de Naviraí de alguns defensores dessa causa, está sendo executado um trabalho que visa conscientizar os naviraienses sobre a preservação ambiental e de consciência ecológica. Quem está coordenando este trabalho é o geógrafo Heateclif Horing, em parceria com a Prefeitura Municipal.

Ao comentar sobre as fossas ecológicas que vem sendo implantadas em Naviraí, Heateclif disse que as mesmas já vem sendo implantadas por esse Brasil afora em várias localidades. “Estamos iniciando esse trabalho aqui em Naviraí com bastante motivação e com total apoio da Gerência Municipal de Obras que vem executando o novo sistema de fossa séptica em bairros periféricos da cidade”, explicou o ambientalista do Gebio.



O QUE É OFERECIDO

A implantação de fossas ecológicas no município de Naviraí vem trazendo vários benefícios com a sua implantação. A primeira vantagem é o seu baixo custo para construção que fica com menor custo do que a tradicionalmente conhecida, salienta ele.

Quando Heateclif faz um comparativo entre a fossa tradicional e a ecológica, ele sempre explica que de acordo com dados de profissionais da área de construção, uma fossa tradicional é avaliada em torno de R$ 1.500,00 (hum mil e quinhentos reais) e com essa implantação das fossas ecológicas, o município está podendo ganhar uma grande economia de recursos públicos que poderão serem utilizados em outros setores da administração municipal.

Em entrevista à imprensa Heateclif Horing que é um dos membros ativos do Gebio, diz que “o novo sistema está dando tão certo que várias fossas com os pneus velhos já foram construídas pela Gerência de Obras do município de Naviraí, contando sempre com a participação dos moradores dos bairros beneficiados, que tem feito a fossa séptica por sua conta, com apoio e orientação dos integrantes da Ong Gebio”, explicou Horing.

Heateclif também explicou que os pneus que são utilizados na construção dessas fossas são coletados no próprio município e ficam guardados em um eco-ponto (barracão), evitando que os mesmos fiquem expostos ao tempo e servindo de criadouro do mosquito da dengue.



BENEFÍCIOS

Vários são os benefícios que a implantação das fossas ecológicas garantem às famílias e à cidade, pois, reduz o impacto ambiental, reduz o índice de dengue, tem baixo custo e maior durabilidade. Os pneus também podem ser usados na confecção de manilhas para ser usado na rede de esgoto, projeto que ainda será proposto ao Município pelo Gebio.

Através deste projeto, a prefeitura constatou que as pessoas beneficiadas encontram-se satisfeitas com o seu resultado, visto que possuíam em seus quintais poças de lama, mau cheiro e microorganismos geradores de doenças e, com a fossa ecológica, seus quintais encontram-se mais agradáveis, limpos e foram reduzidos os índices de doenças entre seus filhos.



PARCERIA

O Gebio destaca que a Prefeitura de Naviraí vem ao longo de suas atividades, demonstrando uma grande preocupação com as questões ambientais. Dentre suas ações, cita a implantação do projeto “fossa ecológica”, o qual tem a finalidade de minimizar os impactos ambientais decorrentes das precárias condições de moradia e sanitárias da população. “Aliás, este projeto consiste numa medida de caráter corretivo e educativo, já que reutiliza pneus para a construção de fossas e, ao mesmo tempo, contribui decisivamente para a melhoria da qualidade de vida da população. Neste contexto, o Gebio também está cumprindo sua função de proteção ao meio ambiente”, comemora Heatclif Horing. (Heateclif Horing – Diretor de Comunicação da Gebio).
 

Está ai uma ótima idéia para dar um destino final as Pneus usados.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Mapa da Violência: Brasil é o sétimo país onde mais se mata

POR  WALDIR SILVA

 

O Brasil é o sétimo país onde mais se mata no mundo, revelam dados do “Mapa da Violência 2013 – Homicídios e Juventude no Brasil”.
 
De acordo com o mapa, divulgado na última quinta-feira (16), o número de mortos para cada 100 mil pessoas no país é 27,1.
 
No ranking nacional, Parauapebas está na 86ª colocação, ficando atrás de Marabá (11ª), Marituba (10ª) e Ananindeua, que ocupa a 3ª posição.
 
No Estado do Pará, Parauapebas é a décima cidade mais violenta, seguida novamente por Marabá (3ª), Marituba (2ª) e Ananindeua (1ª).
 
A cidade mais violenta no país é Simões Filho (BA), onde o índice de assassinatos supera ao do Iraque em plena guerra.
 
As cidades mais violentas do Brasil são as que têm em média até 500 mil habitantes, ou seja, cidades pequenas e médias.
 
Polos de desenvolvimento, zonas de fronteira e de desmatamento amazônico, turismo predatório e currais políticos são características das cidades que mais sofrem com a violência.
 
O estudo leva em consideração números de habitantes levantados pelo IBGE em 2011 e registros de homicídios verificados nos anos de 2009, 2010 e 2011.
 
Municípios mais violentos no Pará
 
1º - Ananindeua (477.999 habitantes em 2011): 408 (2009), 744 (2010) e 568 (2011) homicídios
 
2º - Marituba (110.642 hab): 78 (2009), 111 (2010) e 119 (2011) mortes
 
3º - Marabá (238.708 hab): 284 (2009), 259 (2010) e 256 (2011)
 
4º - Goianésia do Pará (31.031 hab): 32, 20 e 26
 
5º - Novo Progresso (25.138 hab): 22, 27 e 21
 
6º - Tailândia (82.434 hab): 79, 68 e 64
 
7º - Altamira (100.736 hab): 50, 64 e 76
 
8º - Castanhal (176.116 hab): 104, 98 e 125
 
9º - Santa Maria do Pará (23.194 hab): 4, 14 e 15
 
10º - Parauapebas (160.229 hab): 104, 84 e 97
 
11º - Eldorado do Carajás (31.954 hab): 27, 16 e 19
 
12º - Rondon do Pará (47.509 hab): 33, 41 e 28
 
14º - Pacajá (40.831 hab): 28, 27 e 24
 
15º - Canaã dos Carajás (27.929 hab): 6, 5 e 16
 
17º - Tucuruí (98.919 hab): 77, 63 e 54
 
18º - Jacundá (52.191 hab): 40, 27 e 28
 
20º - São Geraldo do Pará (25.419 hab): 24, 16 e 13
 
21º - Redenção (76.501 hab): 49, 63 e 39
 
23º - Tucumã (34.334 hab): 22, 41 e 16
 
24º - Itupiranga (51.341 hab): 43, 27 e 23
 
25º - Ourilândia do Norte (27.965 hab): 20, 27 e 12
 
26º - Belém (1.402.056 hab): 644, 765 e 574
 
28º - São Domingos do Araguaia (23.370 hab): 13, 24 e 9
 
30º - Novo Repartimento (63.604 hab): 17, 28 e 24
 
31º - Dom Eliseu (52.224 hab): 15, 15 e 19
 
32º - São Félix do Xingu (95.694 hab): 13, 23 e 34
 
33º - Conceição do Araguaia (45.724 hab): 16, 11 e 16
 
37º - Xinguara (40.984 hab): 20, 20 e 13
 
43º - Santana do Araguaia (58.067 hab): 23, 22 e 16
 
47º - Breu Branco (54.032 hab): 27, 26 e 14
 
56º - Água Azul do Norte (25.286 hab): 3, 3 e 5

TRANSPORTE COLETIVO UM DIREITO SOCIAL CONQUISTADO SOBRE PRESSÃO


 

Câmara aprova PEC que transforma transporte em direito social

Paulo Celso Pereira, O Globo
A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira a proposta de emenda constitucional de autoria da deputada Luiza Erundina (PSB-SP, foto abaixo)) que torna o transporte um direito social.

Ex-prefeita de São Paulo, a parlamentar havia apresentado a proposta em 2011, mas a tramitação só foi acelerada após os protestos de junho que tiveram o transporte público como principal pauta. Muito feliz, Erundina disse que a mudança colocará o tema entre as prioridades dos governos.

- Esse foi sempre um tema que me preocupou pelos aspectos econômico, social e humano. As pessoas dependem do transporte coletivo para acessar os outros direitos, como a saúde, a educação, a cultura, e o direito à própria cidade. Com certeza a medida vai colocar o tema na agenda da sociedade - explicou.

Esse é o novo deputado do PV





Tem meia dúzia na Alepa querendo tirar o direito liquido e certo do PV em substituir por um suplente de Gabriel Guerreiro, filiado ao partido, o cargo na casa.

Quem tem de assumir é Mário Alves Penteado, de Canaã dos Carajás.

A muito que se sabe que na ausência do titular, a vaga tem de ser liberada para um suplente filiado ao mesmo partido, já que os cargos hoje pertencem ao partido, não mais a pessoa.

Mas nesse mundo tupiniquim em que vivemos, onde o cacique ganha no grito, estão querendo empossar outra pessoa, que um dia foi o primeiro suplente de Guerreiro, mas hoje, estando em outro partido,  deixa de ser, e de ter direito a vaga.

Tão Belém!

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

No Pará, energia para quem?


No Pará, energia para quem?

Construção de hidrelétricas no estado atendem a interesses de mineradoras enquanto população afetada, além de pagar mais caro pela energia mais instável do país, é vista como obstáculo a ser derrubado

Márcio Zonta
correspondente no Pará
Hoje, o Brasil explora apenas 28% de 258 mil megawatts (MW) de potencial hidrelétrico que possui. No Norte do país, por contra dos grandes rios, concentra- se a maior parte da energia a ser explorada, com uma potencialidade de 111 mil MW. As hidrelétricas existentes na região, a despeito disso, aproveitam apenas 8,9% desse total.
Os números acima foram levantados por empresas e governos e demonstram a intencionalidade da parceria público privada de explorar ao máximo o recurso natural da Amazônia brasileira para interesses privados.
No cerne da questão encontra-se o estado do Pará. Para os próximos anos, na esteira do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), já existem projetos que contemplam a construção de 14 hidrelétricas.
Para 2014, por exemplo, além da continuação das obras da mais emblemática delas, a de Belo Monte, no rio Xingu em Altamira (PA), está previsto o início das obras da hidrelétrica de Marabá, ao sudeste do Pará, no rio Tocantins.
Com projeção para produzir 1.800 MW de energia, o projeto da usina prevê o alagamento de 11 municípios nas fronteiras dos estados do Pará, Maranhão e Tocantins, totalizando uma área de mais de 100 mil hectares. Para efeito de comparação, a capacidade instalada da usina de Itaipu é de 14 mil MW e 1 hectare equivale a 1 campo de futebol.
Segundo estudos prévios de impactos ambientais e sociais, aproximadamente 10 mil famílias sofrerão remoção com a construção desta barragem. “São comunidades que vivem às margens do rio Tocantins, que sobrevivem da pesca, do extrativismo e turismo, além de assentamentos rurais que seguem ao longo do rumo do rio”, conta Rogério Hohn, do Movimento dos Atingidos por Barragem.
(MAB).
Para o Ministério Público Federal (MPF) de Marabá, a Eletronorte e as empresas envolvidas ignoram vidas, costumes e territórios, vistos apenas como obstáculos aos grandes projetos hidrelétricos.
“O governo e as empresas não querem saber dos impactos, eles querem fazer o projeto e ponto fi nal”, salienta a procuradora do MPF de Marabá Maria Eliza de Oliveira.
Energia para quem?
O rio Tocantins nasce no Planalto Central em Brasília (DF) e se encontra com o rio Araguaia no Pará, banhando ainda parte dos estados do Maranhão e de Tocantins, na região conhecida popularmente como Bico do Papagaio. Seis barragens já foram construídas ao longo de seus extensos quilômetros.
A pressa de aumentar a produção de energia no Pará pode castigar ainda mais o rio Tocantins, hoje praticamente rendido diante dos interesses ligados aos grandes empreendimentos de mineração na região. Um deles, às vésperas de ser implantado, é o maior projeto de exploração de minério do mundo, o S11D da Vale, equivalente a um novo Programa Grande Carajás.
Interessada na geração de energia, a empresa detém 9% das ações da futura hidrelétrica de Belo Monte. Já para a barragem de Marabá, a parceria entre construtoras e mineradoras delineiam os responsáveis pela exploração da concessão de 30 anos.
Junto à Camargo Correa, que financiou com a Eletronorte os estudos para a instalação do empreendimento hidrelétrico, se somam a também empreiteira Votorantim e as mineradoras Vale, Alcoa e BHP Billinton.
Conforme levantamento realizado pelo MAB, a energia produzida pelas hidrelétricas no Pará é destinada à indústria de extração dos diversos minerais por essas transnacionais no estado, como alumínio, minério e cobre.
Quem paga?
De 1998 a 2012 o preço da energia no estado do Pará aumentou em 267%. Porém, os serviços prestados pela privatizada
Centrais Elétricas do Pará (Celpa) não se traduziu em qualidade.
Nos últimos anos, a população de Parauapebas, a maior província mineral do mundo explorada pela Vale tem sofrido com o abastecimento de energia. No ano de 2012, o DEC (quantidade de horas sem energias) do município atingiu o número de 159 horas, enquanto a média no país foi de 18 horas.
No mesmo ano, o dispositivo que mede o FEC (frequência de vezes em que o fornecimento de energia sofreu interrupção) da cidade registrou 74 vezes a falha do sistema de abastecimento de luz. A média nacional no mesmo período foi de apenas 11 vezes.
“Isso evidencia que a energia gerada não é para a população”, crítica Rogério do MAB.
No entanto, a conta fica com o consumidor comum. Enquanto Vale e Alcoa pagam, 03 centavos o KWh, o paraense paga 0,45 centavos pelo mesmo KWh. Contudo, a situação pode piorar. A partir de 2014, serão instalados pela Celpa, em cada residência, medidores eletrônicos tendo bandeiras tarifárias nas cores verde, amarelo e vermelho. Tal medida representará um aumento de R$ 15,00 para cada mil KWh quando a bandeira ficar amarela e R$ 30,00 quando for vermelha.
“Essa forma de medição aprovada pela Anael é apenas para consumidores de residências, mas não é aplicada para os grandes consumidores de energia”, lamenta Rogério.
Enquanto isso, a Equatorial Energia, atual dona da Celpa, acaba de promover um plano de demissão voluntária que envolve 564 trabalhadores, além da terceirização de diversos setores da empresa. Para o militante do MAB algo está muito claro: “Essas empresas de mineração querem gerar energia a preço de custo para si mesma sem se importar com o restante da população”.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O primeiro protesto do ano novo


Manchete da Folha de S.Paulo; ao lado protesto no ano passado
Manchete da Folha de S.Paulo; ao lado protesto no ano passado


O colunista Vinicius Torres Freire, da Folha de S.Paulo faz hoje uma análise sobre o protesto marcado para o dia 25 de janeiro nas cidades-sedes da Copa do Mundo. Concordo com ele, é imprevisível o que vai acontecer, ainda mais com estudantes de férias, mas será o pontapé inicial de um ano que promete muitos protestos.

No ano passado "o gigante acordou". O povo foi para as ruas protestar depois de muito tempo. Este ano teremos eleições o que acirra o debate político e esse certamente é um fator que não pode ser ignorado.

O povo protestar é um direito democrático. O que não pode se repetir são as cenas de vandalismo por parte de pequenos grupos e a violência brutal e indiscriminada da Polícia Militar. Isso só interessa - no caso específico do Rio de Janeiro - a Cabral e Paes, que são os principais alvos dos protestos.