segunda-feira, 22 de setembro de 2014

PSC sinaliza apoio a Marina para eleger presidente evangélico


Partido reconhece que evangélicos já apoiam candidata


por Jarbas Aragão


Desde o inicio da campanha eleitoral, analistas indicavam que os evangélicos, que são cerca de 25% do eleitorado, poderiam fazer a diferença. Quando o PSC lançou Pastor Everaldo na corrida pelo Planalto, acreditava-se que ele poderia “surpreender”. Contudo, ele tinha de 2 a 3 por cento das intenções de voto.

Quando Marina assumiu a condição de candidata, tudo mudou. A ex-senadora aparece

com
chances reais de vencer Dilma no segundo turno e passou a ser atacada constantemente pelo PT. Embora tivessem suas críticas, apoiadores de peso de Everaldo, como Silas Malafaia e Marco Feliciano já anunciaram seu apoio à candidatura de Marina. O mesmo aconteceu com a Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil (CGADB), que deverá anunciar que ficará ao lado de Marina.

Segundo o portal IG, um dos coordenadores de campanha do PSC já admite que evangélicos irão “aderir em massa” à Marina no segundo turno. “Seria a primeira vez na história que um candidato evangélico chegaria com condições reais de ganhar a eleição”, afirmou Gilberto Nascimento, presidente do PSC de São Paulo. “Nosso eleitor e o dela pertencem ao mesmo segmento. Será um encontro natural”.

Embora Everaldo Pereira não tenha planos de abandonar sua campanha no primeiro turno, o PSC já sinaliza que ficará ao lado da candidata evangélica. Nascimento explica que uma negociação entre PSC e PSB passaria pelos temas defendidos pelos evangélicos e “uma reforma política ampla, que mude radicalmente o sistema eleitoral”.

Mesmo assim, Marco Feliciano fez um apelo para que Everaldo abrisse mão ainda no primeiro turno. “Neste momento, dadas às circunstâncias, se

eu
estivesse no lugar do Pastor Everaldo, eu pensaria em declinar da campanha e migrar para Marina, para não haver divisão no meio cristão”

Depois de mais de 8 anos, TRE decide que Priante deveria ter sido prefeito de Belém



Depois de mais de 8 anos, TRE decide que Priante deveria ter sido prefeito de Belém

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PRI PRI
 
 
Olhe o que escreveu o advogado Inocêncio Mártires sobre a decisão do TRE no caso Priante x Dudu


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Relatora sustentou que o Recorrente utilizou-se de trezentas placas com propaganda eleitoral colhidas pelo MPE, em período vedado, e espalhadas por diversos bairros da cidade, como Val de Cans, Batista Campos e distrito de Mosqueiro, bem como de propaganda institucional desvirtuada em caixas d’água e lixeiras também na cidade.

Aduziu, ainda que eram placas sem caráter informativo algum, demonstrando o verdadeiro caráter eleitoreiro do candidato para promoção pessoal, pois as mesmas foram colocadas e permaneceram durante todo o período vedado, tendo, ademais, este período sido confirmado pelos Recorrentes no Recurso.

Por diversas vezes a Relatora reforçou o desvirtuamento da propaganda institucional ocorrida em período vedado perpetrada pelo Recorrente através da fixação de placas por diversos bairros da cidade, inclusive locais como Portal da Amazônia.

Também, lembrou que o gestor era reincidente nas condutas, bem como era juíza titular da propaganda à época das eleições em que o Recorrente foi candidato à reeleição e que os servidores da comissão de propaganda tinham dificuldades em recolher tais placas, pois eram grandes e situadas em muitos lugares da cidade. Frisou, ainda, que o galpão para armazenamento deste material pela justiça eleitoral ficado bastante cheio.

Acerca do Programa “Passe Livre” em que foi disponibilizado ônibus à população, a Relatora asseverou que os documentos juntados pelos Recorrentes comprovaram que o programa foi realizado meses antes do ano eleitoral com o intuito eleitoreiro e não social e que, inclusive, tais ônibus eram verdadeiros “outdoors ambulantes” com propaganda do Recorrente. E, finalizou asseverando que o programa social foi utilizado com o escopo de obter votos para o candidato à reeleição à época Duciomar Costa.

Por fim, a Relatora votou pela manutenção da sentença, improvimento do Recurso com o CANCELAMENTO do registro de candidatura do Recorrente no pleito de 2014 e de seus suplentes, à luz do art. 15, parágrafo único da Lei Complementar 64/90.

A decisão confirmando a sentença que determinou a diplomação de José Priante como prefeito de Belém foi por maioria de votos (4) (relatora Eva Coelho, Des. Celia Regina, Juiz Federal Ruy Dias Jr e Jurista Mancipor Lopes. Divergiu e absolveu Duciomar Costa o juiz João Batista dos Anjos

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

“Com a privatização da Celpa, a tarifa de energia ficou 400% mais cara, muito acima da inflação acumulada desde 1998, de 180%. Não há justificativa plausível para esse aumento.

Edmilson revolta-se com a acusação de que paraenses são “ladrões de energia”

 

Edmilson Rodrigues em reuniao na Aneel e no Ministerio das Minas e Energias (7)

Edmilson em reunião com o diretor da Aneel, Reive Barros.

O deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) fez parte da comissão paraense de lideranças políticas e empresariais que foi a Brasília, nesta quinta-feira, 4, reivindicar a revisão do aumento da tarifa de energia elétrica no estado. O reajuste autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foi de 34% para os consumidores residenciais e 36% aos grandes consumidores. Mas a comissão não obteve avanços nas reuniões com a Aneel e o Ministério de Minas e Energia. “Saio daqui com uma frustração. Eles serão os responsáveis pelo aumento dos ‘gatos’ porque o povo não tem condições de pagar”, avaliou Edmilson.

Na primeira reunião, na Aneel, o grupo foi recebido pelo diretor Reive Barros. Ele disse que o aumento se deveu à elevação do custo de energia e confirmou que a concessionária Celpa ficará com apenas 1,6% do reajuste concedido. Reive disse que a agência nada pode fazer para mudar a situação.

“Com a privatização da Celpa, a tarifa de energia ficou 400% mais cara, muito acima da inflação acumulada desde 1998, de 180%. Não há justificativa plausível para esse aumento.

 O Pará é superavitário na produção de energia, consome apenas 2% do que produz. No entanto, paga o kilowatts/hora mais caro do país, de R$ 0,49. O governo federal tinha que apontar uma solução”, criticou Edmilson.

Edmilson Rodrigues em reuniao na Aneel e no Ministerio das Minas e Energias (1)

Edmilson em reunião com o secretário de energia elétrica do Ministério das Minas e Eenergia, Hildon Wilson Grüdtner.

O psolista voltou a lembrar que o governo estadual também tem responsabilidade sobre a cara tarifa de energia devido ao Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) de 25% sobre o consumo. Mas o governo tucano vem ignorando a cobrança pública de Edmilson para que abra mão de parte do imposto, aliviando o peso do reajuste no bolso do consumidor.

Foi na reunião com o secretário de energia elétrica do MME, Hildon Wilson Grüdtner, que o

clima
ficou tenso entre os membros da comissão e o dirigente federal. O secretário justificou o aumento pelo elevado índice de roubo de energia na Amazônia e alegou que o Pará já recebe muitos benefícios em energia elétrica, como o Luz para Todos e a redução da tarifa de 20% concedida no ano passado. “Isso não é verdade. Muitas comunidades ainda vivem no escuro no Pará, inclusive, na própria

cidade de Tucuruí, que possui a segunda maior hidrelétrica do Brasil. Sobre a redução de 20%, nos dois anos anteriores, a energia encareceu 11% e 12,7%, portanto, esse benefício sequer cobriu os reajustes anteriores, enquanto outros estados tiveram ganho”, contestou Edmilson.
 O deputado do PSOL fez duras críticas à política de construção de hidrelétricas na Amazônia, acusando o governo federal de beneficiar empreiteiras e de permitir a cartelização do mercado. “O MME pagou consultorias que concluíram pela potencialização do sistema de usinas existente para aumentar a eficiência, em vez de construir novas usinas. Eles falam em liberdade de mercado, mas a energia está fora de parâmetro. Pagamos o dobro de energia de algumas concessionárias, como a Eletropaulo, que paga R$ 0,29 o kilowatts/hora”, criticou. Hildon criticou o rigor da legislação para a construção de hidrelétricas, quando o deputado defendeu a mudança da matriz energética, com investimentos em energia fotovoltaica, que é praticada em outros países.

Fotos: Rafael Lavenère