quarta-feira, 22 de abril de 2015

Porque a Igreja Brasileira ignora o genocídio de Cristãos no Oriente Médio?



Por que uma igreja que movimenta mais de 15 bilhões de reais por ano em produtos Gospel e que demonstra poder midiático e político suficientes para provocar mudanças “sociais” quando há interesse, simplesmente ignora o genocídio de cristãos e minorias que estão acontecendo neste momento no Oriente Médio?
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De riqueza milenar e histórica, o Oriente Médio é considerado sagrado para as 3 maiores religiões monoteístas do mundo. Para os que procuram entender as Escrituras de forma prática, a importância desta região é ainda maior, pois aponta para acontecimentos futuros e novos modelos de mundo.
É aliás, por esta “nova ordem mundial” que a fachada da luta contra o terrorismo tem funcionado bem. Hoje as riquezas petrolíferas de nações como Iraque e Líbia estão nas mãos da elite mundial. Nestes países a ação dos aliados foi rápida, certeira e destruidora. Entretanto, quando se trata de países onde a riqueza é a localização estratégica (no caso da Síria), deixar que civis sejam sacrificados e exterminados, parece bem cômodo.

Um dia, um pai sírio me perguntou:
- Rahil (Raquel) por que o mundo não faz nada para parar isto?
Como pessoas de consciência não se importam conosco?

Este senhor havia atravessado a fronteira, escapado a pé com sua família e sobrevivido as crueldades do deserto. Sua casa não mais existia. Além do bombardeio, tinha testemunhado a morte de crianças e mulheres de forma maligna. Enquanto falava comigo, podia sentir sua indignação. Mas sua indignação também era a minha. Eu, no entanto, já sabia a resposta.
Como missionária no Oriente, tenho me assustado (ou talvez nada mais me assuste) com a indiferença que grandes ministérios demonstram com a causa entre as nações e da perseguição histórica contra cristãos. Falo dos grandes “ministérios” porque são estes que tem o poder de influenciar, mas que a cada dia demonstram ganância, alienação e arrogância que só afastam o povo do verdadeiro sentido do Evangelho.
Eternas campanhas “proféticas”, guerras midiáticas pela moral da família, vendas de amuletos e muita extorsão financeira é o que recheiam as programações evangélicas. Falta Palavra, falta Evangelho, falta doação, falta compaixão…
A verdade é que não pode existir uma comunidade saudável ou uma igreja saudável sem que haja doação e sacrifício pelos que estão perto e pelos que estão longe. Entretanto, falar da atuação missionária para uma Igreja doente é perder tempo.
A verdade é que há muito marketing até mesmo entre os chamados ministérios missionários. Postar fotos, ter um dia de oração ou menções em shows (quase não existem) não são suficientes para provocar uma reação compatível com a força da igreja brasileira pelo Oriente Médio. Digo pelo Oriente porque nossa missão não é somente pelos Cristãos perseguidos, mas pelos muçulmanos e todos que estão padecendo.
Um tempo de vergonha
Vergonha e tristeza é o que eu sinto ao lembrar do descaso que nossa igreja demonstra à Missão e aos missionários. Países onde a igreja é menor, chegam a enviar 100% a mais de missionários e contribuições pelo mundo.
O pior é que este quadro não deve mudar, a menos que haja uma conversão no coração destes que se apostataram e se venderam a Mamon (e o fizeram em Nome de Deus).
Mas você enquanto lê este artigo pode fazer a sua parte! Comece orando e pedindo a Deus como se envolver na salvação das nações!

Que o Senhor tenha misericórdia dos povos do Oriente e salve muitos. Que os missionários sejam encorajados e fortalecidos pois nossa esperança está posta em Deus.

sábado, 18 de abril de 2015

Conta de Energia, Aumento sem fim


Governo anuncia alta na conta de luz pela terceira vez consecutiva no ano e reajuste deve atingir 40% nos próximos meses. Até onde isso pode chegar?

Por : Claudio Dantas Sequeira
 

Na véspera de 7 de setembro de 2012, a presidente Dilma Rousseff foi à TV fazer um pronunciamento com promessas de forte apelo social decoradas com frases de efeito. Falou em baixar juros, reduzir impostos e equilibrar o câmbio. Mas a cereja do bolo foi o anúncio de medidas destinadas a baixar a conta de luz. Quatro meses depois, a promessa foi cumprida com a edição da MP 579. Dilma fez, então, um novo pronunciamento declarando que o desconto seria ainda maior que o previsto: em média 20%. “As perspectivas são as melhores”, disse. Esses números ajudaram Dilma a se reeleger, convencendo o eleitor menos informado do sucesso de sua política. Tratava-se obviamente de um engodo. Logo no início de 2015, a realidade bateu à porta. Em apenas três meses, a conta de luz subiu em média 35% e deve chegar a 40% em breve. Na semana passada, a Aneel autorizou o terceiro reajuste nas tarifas de energia das principais distribuidoras do País.

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Com a eletricidade mais cara, o custo da produção na indústria também sobe e esse aumento é transferido para o preço de produtos e serviços. Assim como acontece com a gasolina e a água, o custo da eletricidade atinge toda a cadeia produtiva. A alta da conta de luz sofreu não apenas um, mas três tipos de reajuste. Uma correção extraordinária para cobrir os custos da eletricidade de Itaipu, indexadas ao dólar; o reajuste anual dos contratos de cada concessionária e o aumento da taxa extra da bandeira tarifária. Somando-se tudo isso, a energia elétrica foi, sozinha, responsável por mais da metade da inflação registrada em março, que acumula 8,13% em 12 meses – a maior alta em 11 anos.

Segundo o IBGE, com a entrada em vigor da revisão das tarifas aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), “ocorreram aumentos extras fora do reajuste anual para cobrir custos das concessionárias. Na mesma data, houve um reajuste de 83,33% sobre o valor da bandeira tarifária vigente, a vermelha, passando de R$ 3,00 para R$ 5,50 para cada 100kWh”, explica o IBGE em seu relatório divulgado no início de abril. A chamada “bandeira tarifária” estabelece o pagamento de uma taxa extra para consumidores de regiões onde há aumento do custo de produção de energia. Isso acontece, por exemplo, quando é preciso acionar as usinas termelétricas para compensar a queda na produção das hidrelétricas por causa da falta de chuvas.

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PALAVRAS AO VENTO
Na campanha, Dilma vendeu a redução das tarifas de energia como uma
política eficiente de governo. Sabe-se agora que era mais um engodo

O sistema de bandeiras foi criado para evitar o colapso das companhias que, antes, arcavam com os custos extras de uma produção mais cara até a data oficial de reajuste do contrato, a cada 12 meses. Sem fluxo de caixa, situação financeira dessas empresas ficava fragilizada. As bandeiras tarifárias deveriam ter entrado em vigor ainda em 2014, mas a Aneel decidiu postergar sua aplicação alegando que as distribuidoras não estavam tecnicamente preparadas. “No mercado, especulou-se que o adiamento foi influenciado pelo próprio governo que temia uma repercussão negativa em ano eleitoral”, afirma o consultor Mateus Tolentino, da Prime Energy.

Quando Dilma anunciou o pacote de bondades em 2013, ela sabia que estava tapando o sol com a peneira. O governo jogava com a possibilidade de não renovar as concessões daqueles que não aderissem à MP. Mas a pressão teve efeito inverso. Gigantes como CESP, Cemig e Copel, além de outras menores, alertaram que não havia margem para cortes nas contas de luz e disseram que entregariam suas operações. Para evitar isso, negociou-se um aporte de R$ 8 bilhões do Tesouro para que as companhias cortassem as contas, subsidiando na prática a medida com dinheiro público. A situação, porém, ficou ainda mais crítica por causa da redução das chuvas que levou ao acionamento das térmicas. O dinheiro foi usado para cobrir custos extras com a compra de uma energia mais cara.
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O buraco aumentou e o governo chamou o pool dos maiores bancos do país para cobrir o rombo. Foi feito um empréstimo de R$ 10 bilhões com vencimento para 2015. Mesmo assim, não adiantou. E novos empréstimos foram efetuados, criando um esqueleto de mais de R$ 34 bilhões. Se o governo não tivesse segurado os reajustes, o consumidor teria pago os custos extras normalmente em sua conta de luz. Com os empréstimos feitos para bancar a política de Dilma, terão de bancar um valor maior, devido aos juros cobrados sobre esses financiamentos. A conta sobra mais uma vez para o contribuinte.
Foto: Rubens Chaves/AE 

sexta-feira, 17 de abril de 2015

17 DE ABRIL MASSACRE DE ELDORADO



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O evento começa nesta sexta  feira 15/4   
Esse  trabalho com os já vem sendo desenvolvido desde espoca  do massacre em 1996
No dia 17 tem ato ecumênico de 8 as 10h e ato político de 10 a 12h.



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Massacre de Eldorado dos Carajás foi a morte de dezenove sem-terra que ocorreu em 17 de abril de 1996 no município de Eldorado dos Carajás, no sul do ParáBrasil decorrente da ação da polícia do estado do Pará.
Dezenove sem-terra foram mortos pela Polícia Militar do Estado do Pará. O confronto ocorreu quando 1.500 sem-terra que estavam acampados na região decidiram fazer uma marcha em protesto contra a demora da desapropriação de terras, principalmente as da Fazenda Macaxeira. A Polícia Militar foi encarregada de tirá-los do local, porque estariam obstruindo a rodovia BR-155, que liga a capital do estado Belém ao sul do estado.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Povo vai às ruas, mais uma vez, contra o governo Dilma



Copacabana
No Rio de Janeiro a orla da praia de Copacabana foi tomada por cerca de 10 mil manifestantes, segundo a PM

Centenas de milhares de pessoas saíram às ruas pacificamente neste domingo (12) em 24 Estados e no Distrito Federal para protestar contra o governo da presidente Dilma Rousseff e a corrupção, em atos mais dispersos e com um número total menor de participantes em relação às manifestações realizadas em março.


A Polícia Militar estima que aproximadamente 680 mil pessoas protestaram neste domingo, no segundo dia de manifestações em âmbito nacional contra o governo em menos de um mês. Os organizadores, porém, calcularam a participação de 1,5 milhão de pessoas, segundo dados compilados pela mídia local.

Em São Paulo, a estimativa da Polícia Militar é de que 275 mil pessoas protestaram na avenida Paulista, tradicional ponto de concentração de protestos da cidade, enquanto que o Instituto Datafolha afirmou que o ato reuniu 100 mil pessoas ao longo do dia na importante via da capital paulista.

Para os organizadores, 800 mil pessoas aderiram ao movimento na Paulista. Na manifestação realizada em 15 de março, a PM estimou que um milhão de pessoas participaram do protesto na cidade, enquanto o instituto Datafolha calculou em cerca de 210 mil.

Um comboio com cerca de 120 caminhões, segundo a PM, ostentando bandeiras contra Dilma, também se juntou ao protesto em São Paulo, mas foi impedido de acessar a avenida Paulista por questão de segurança.

Imagem: Foto Públicas
Na capital de São Paulo os organizadores acreditam ter reunido 800 mil pessoas na Avenida Paulista

No interior do Estado, as manifestações aconteceram principalmente na manhã deste domingo em cidades como Campinas, Ribeirão Preto, Guarulhos e no Grande ABC.
No Twitter, partidários de Dilma manifestaram sua contrariedade às manifestações deste domingo, e a hashtag #AceitaDilmaVez já era a mais citada, segundo a lista de principais tópicos discutidos no site de microblog.

O Palácio do Planalto disse que não comentaria os protestos deste domingo, ao contrário do que ocorreu em março, quando os ministros Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foram escalados para comentar os protestos.

No Rio de Janeiro, o protesto realizado na orla da praia de Copacabana teve a adesão de 10 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, que estimou que 15 mil pessoas foram às ruas no protesto de março.
Houve um princípio de tumulto neste domingo quando um homem com a bandeira do PT foi hostilizado e precisou ser escoltado pela polícia no Rio. Também houve protesto no interior do Estado.

Além de pedir a saída de Dilma, os manifestantes também enalteceram o trabalho do juiz federal Sergio Moro, responsável pelo inquérito da operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga um esquema de corrupção envolvendo a Petrobras, empreiteiras, partidos e políticos.

“Esse governo é um absurdo de corrupção, fraudes e irregularidades. As pessoas vêm para a rua para mostrar que não aguentam mais tanta maracutaia e para o governo que não somos cordeirinhos. Temos opinião e senso crítico”, disse a aposentada Sueli Seixas.

Em Belo Horizonte, cerca de 2,5 mil pessoas protestavam em frente à Praça da Estação. Manifestações menores também eram registradas no interior do Estado.

O ato se concentrou na Esplanada dos Ministérios e no fim da manhã os manifestantes foram até o Congresso Nacional,
Em Brasília, o ato se concentrou na Esplanada dos Ministérios e terminou com caminhada até o Congresso Nacional


Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, principal partido de oposição, não participou dos protestos, mas emitiu uma nota de apoio às pessoas que voltaram às ruas para “legitimamente manifestar seu repúdio e indignação contra a corrupção sistêmica que envergonha o país”.
Em Brasília, o protesto reuniu cerca de 25 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, bem menos do que as 45 mil que participaram do protesto de março. Organizadores estimaram em cerca de 40 mil a adesão neste domingo.

O ato se concentrou na Esplanada dos Ministérios e no fim da manhã os manifestantes foram até o Congresso Nacional, onde gritaram palavras de ordem contra a presidente Dilma com ajuda de carros de som. Apesar da manifestação pacífica, a polícia afirmou ter detido duas pessoas por embriaguez e tentar interromper o tráfego.

“Dilma está pisando em ovos. Seu futuro depende do caso Lava Jato. Ela vai ser responsabilizada. Ninguém realmente espera que ocorra o impeachment, porque grande parte da classe política também está envolvida, mas a pressão popular pode forçá-la a renunciar”, disse Cristia Lima, ativista do grupo anticorrupção chamado BCC.

O Movimento Brasil Livre, um dos grupos que convocaram as manifestações deste domingo, defende o fim da corrupção e da impunidade, e tem entre seus slogans o pedido de “impeachment já”.
Segundo uma pesquisa Datafolha publicada no sábado, 63% apoiam a abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O Datafolha também mostrou que a rejeição à presidente parou de crescer, mas ainda está num patamar muito elevado.

O levantamento mostrou que 13% dos entrevistados acreditam que Dilma faz um governo bom ou ótimo, mesmo percentual da pesquisa anterior, enquanto que 60 por cento consideram o governo ruim ou péssimo, 2 pontos abaixo da pesquisa anterior. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.
Dilma se junta a outros dois presidentes que enfrentaram protestos populares no período da redemocratização: Fernando Collor de Mello, que acabou sofrendo impeachment, e Fernando Henrique Cardoso.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Terroristas muçulmanos atacam universidade e matam 147 cristãos no domingo de páscoa





Um novo atentado terrorista contra cristãos deixou 147 pessoas mortas no Quênia, no último domingo, 05 de abril. A autoria foi reivindicada pelo grupo extremista islâmico Al Shabaab.

O ataque foi realizado próximo à fronteira com a Somália, em uma universidade. Os terroristas entraram atirando no campus e fizeram professores e alunos reféns, antes de separá-los em grupos de muçulmanos e não-muçulmanos.

As agências de notícias internacionais informaram que imagens do massacre mostram corpos cobertos de sangue em uma sala da universidade. Ao ouvir os disparos, alguns estudantes tomaram a iniciativa de fugir. “Estávamos dormindo e ouvimos alguns tiros. Era um grupo em torno de cinco [terroristas] e as pessoas começaram a pular, correndo por suas vidas”, disse um estudante, que não quis se identificar, em entrevista à Reuters.


Uma estudante cristã que sobreviveu disse que estava em um grupo de oração quando começou o atentado. Amuna Geoffreys disse que se escondeu e conseguiu ouvir os diálogos entre os terroristas: “Os assassinos ordenavam que ligassem para suas casas para dizer aos pais: ‘Morremos porque Uhuru Kenyatta (presidente queniano) insiste em permanecer na Somália’ Enquanto faziam as ligações eles os matavam”, relatou.

A data escolhida foi proposital, segundo os próprios terroristas: “Não tememos a morte, para nós é como ir de férias na Páscoa”, diziam os extremistas islâmicos segundo relato da estudante, fazendo referência ao feriado cristão celebrado no último domingo.

As autoridades quenianas ofereceram recompensa equivalente a US$ 215 mil dólares por informações que levem à prisão de Mohamed Mohamud, líder do ataque do Al Shabaab. O grupo é filiado à Al-Qaeda e foi fundado em 2004.

A escolha do termo “shabaab” (“juventude”) como nome é comum a diversos grupos de jovens muçulmanos ao redor do mundo, o que pode causar confusão com outras organizações religiosas de nome idêntico, porém sem atuação terrorista.

sábado, 4 de abril de 2015

O festival da corrupção


tÉ impossível uma mudança num país inteiro sem que haja a reconstrução da consciência moral de cada brasileiro”
 
O mundo maravilhoso prometido pelos “reformadores sociais” pode não ter sido possível de realizar, e talvez nunca o seja; mas, pelo menos, eles conseguiram fazer com que as pessoas acreditassem piamente que a justiça e o bem dependem unicamente do Estado, das leis, do “Sistema”… Mas nunca delas próprias.

Ontem, eu estava me dirigindo a uma agência do ‘Pague Fácil’, quando um homem muito simpático me abordou e me entregou as duas senhas dele, as próximas que seriam chamadas e das quais ele não precisaria mais. Aquele homem acreditava estar prestando-me um grande favor, porque eu estava com uma camisa da RCC [Renovação Carismática Católica], com uma enorme cruz. Ele também parecia pertencer a alguma comunidade cristã, por essa razão, imaginava estar prestando uma gentileza a um semelhante em Cristo.
“(…) essa mudança só será possível quando bispos, padres e leigos tiverem empenhados em mudar a mentalidade dos cristãos”
Eu lhe agradeci cordialmente por aqueles números, pois aquelas senhas me proporcionariam a oportunidade de pagar minha conta de telefone em três minutos ou menos. Com aquele “favor”, eu passaria na frente de umas trinta pessoas que estavam antes de mim na fila. Entrei na agência, peguei minha senha e fiquei na fila como qualquer um deve fazer, no entanto, permaneci com os números doados ainda por algum tempo. Uma distinta senhora viu as senhas em minhas mãos e me pediu uma delas. Com toda educação, neguei-lhe o pedido e lhe disse que não as usaria, pois não era ético. Ela, com cara de nojo, afastou-se de mim dizendo que, se eu havia ganhado aquelas senhas, poderia usá-las, porque foram um presente.

Aquela mulher imaginava que a senha fosse um bem do qual eu poderia ter lançado mão sem fazer mal a ninguém. Ela foi incapaz de enxergar que uma senha é uma forma de organização, e que qualquer vantagem constitui um delito moral já não distinguido pela maioria dos brasileiros.

Fala-se muito em “reforma política”, mas, infelizmente, nossas paróquias, tão engajadas em aprová-la, se esquecem do básico: é impossível uma mudança num país inteiro sem que haja a reconstrução da consciência moral de cada brasileiro. E essa mudança só será possível quando bispos, padres e leigos tiverem empenhados em mudar a mentalidade dos cristãos.

Não é necessário ir a Brasília nem trabalhar em prefeituras ou órgãos do Estados para presenciar os festivais de corrupção que se alastram rapidamente sobre a mentalidade debilitada de um povo que esqueceu sua vocação de filhos de Deus. Um povo que considera como corrupção apenas o que se passa no Governo, mas se esquece de que ninguém rouba milhões sem, antes, ter roubado algumas posições na fila do banco ou de um ‘Pague Fácil’.