EU ME ENVERGONHO
Paulo disse: “ Não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para Salvação de todo o que crê.” Nos seus dias, assumir seu compromisso com o Evangelho, significava pensar e viver diferente da religião, política, da filosofia e da ciência.
• Na religião, era vergonhoso crer na ressurreição de Cristo, ter uma vida sem ostentação, e aguardar a volta de Jesus em glória;
• Na política, assumir Jesus como seu Senhor e Rei, era confronto certo;
• Na filosofia, ter um Deus, que “não teve por usurpação ser igual a Deus”, mas que se humilha e se permite crucificar, era vergonhoso;
• Na ciência, a história de ter se encontrado com Deus e escutado sua voz e chamado, quando ia a Damasco, fugia à razão;
Mas Paulo, não se envergonhava, continuava recontando seu encontro com Cristo, pregando o cumprimento das Escrituras, os ensinos de Cristo, sua morte, ressurreição, seu retorno glorioso, ressurreição dos mortos e o arrebatamento da igreja. Disto também, eu não me envergonho.
MAS EU ME ENVERGONHO:
• Da mercantilização do evangelho. Vendemos relíquias como meio de graça: rosas, toalhas com suor santo, sabonete, sal grosso, espada de São Jorge para lutar contra satanás, óleo do monte das oliveiras e outras tantas;
• De como visões, sonhos e as experiências de “arrebatamento” individual, se tornam como fonte de doutrina;
• De ver, como em nosso meio, boatos são vendidos como fatos, mas quando se é conveniente, fatos são vendidos como boatos;
• De que pastor tenha outro preço, além do sangue precioso de Jesus;
• De fazermos política eclesiástica, e ainda usando as mesmas regras e valores mundanos;
• Da ausência de qualidade e integridade de pessoas que portam uma credencial de pastor;
• De quem despreza o estudo teológico, mas me envergonho mais ainda de quem confunde formação teológica, com o chamado de Deus para pastorear;
• De ver a igreja assumir posturas “politicamente corretas”, mesmo contrariando os princípios da Palavra de Deus, apenas para “ficar bem na fita”;
• De chegarmos tão fragmentados ao centenário das Assembléias de Deus no Brasil, a ponto de não termos condições de celebrar juntos;
• De nossa fragmentação, pois ela nos impede de termos uma rede educacional, do básico ao superior;
• De que este “negócio chamado igreja”, está cada vez mais desvalorizado, enquanto cresce, e como cresce, esta “igreja chamada negócio”;
• De que não sentimos vergonha de todas essas mazelas;
Como eu sonho com uma nova maneira de ser pastor, de liderar, de gerir as finanças eclesiásticas, de formar e ordenar obreiros. Que Deus me ensine a me envergonhar das coisas de que se deve envergonhar e a não me envergonhar dos fundamentos do evangelho de Cristo, pois “eu amo a mensagem da cruz, até morrer eu a vou proclamar. Levarei eu também minha cruz, até por uma coroa trocar”
Walter da Mata
Postado por Pastor Walter
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