Na manhã de ontem (6), na cerimônia de posse da diretoria das associações comerciais de São Paulo, a presidente Dilma Rousseff deu a senha de que estava definitivamente selada a aliança com o PSD de Kassab.
O preço do partido já vinha sendo anunciado pela imprensa desde a visita de Lula, no final de 2012, ao então prefeito de São Paulo: um ministério para chamar de seu.
Céu de brigadeiro
Em seu pronunciamento, onde derramou elogios a si mesma, dizendo que o Brasil passa por uma crise mundial em céu de brigadeiro, a presidente abriu parênteses para, idem, derramar elogios ao vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif (PSD).
Dilma anunciou a criação da Secretaria Especial para a Micro e Pequena Empresa, classificando-a como "essencial" para atender o setor, e creditou a Guilherme Afif, presente no evento, os esforços para trazer as micros e pequenas empresas para a agenda nacional.
39º ministério
Na noite de ontem (6) o Palácio do Planalto distribuiu nota informando que a presidente convidou Guilherme Afif (PSD) para chefiar a Secretaria da Micro e Pequena Empresa e ele aceitou de bom grado fazer esse sacrifício pelo país. A posse está marcada para a próxima quinta-feira (9).
Nunca antes
O presidencialismo de coalisão chegou a tamanha irresponsabilidade política que “nunca antes na história desse país” a República teve tantos ministérios.
Com o criado para acomodar o PSD, é o 39º, que foi aprovado pelo Congresso Nacional com uma estrutura que, segundo o governo, despenderá cerca de R$ 8 milhões por ano com um ministro, um secretário-executivo e 66 cargos em em comissão, o que, com certeza, o PSD já está achando pouco, mas nada que um remanejamento não resolva.
De fato, a presidente Dilma tem razão: o PT, quer dizer, o Brasil está em céu de brigadeiro.
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