PSDB e PT buscam apoio
evangélico em SP
Pré-candidatos
ao governo paulista tentam somar o maior número de lideranças para conquistar
voto evangélico.
por
Michael Caceres
A menos de sete meses das eleições, os principais nomes que
disputarão a sucessão ao governo de São Paulo iniciaram uma disputa acirrada em
busca do apoio de líderes evangélicos, que representam quase um quarto do
eleitorado paulista.
Geraldo Alckmin (PSDB) e o pré-candidato do PT, Alexandre
Padilha, tem visitado diversas denominações em São Paulo para tentar conquistar
o maior número possível do eleitorado evangélico.
Padilha afirma que o pai é metodista e apresenta-se como um
homem que crê em Deus. E Geraldo Alckmin tenta participar dos cultos como se
tivesse intimidade com o ritual, levantando as mãos e movimentando os lábios
para tentar acompanhar as questões.
“Vocês sabem que o presidente Lula começou no país uma era de
crescimento, de ascensão, de redução da pobreza. E todos nós sabemos o quanto
tem o dedo de Deus no crescimento individual no nosso país”, disse Padilha há
duas semanas, durante encontro com pastores.
Na visita do governador de São Paulo a Igreja Batista do
Povo, na capital paulista, durante culto em comemoração aos 100 anos do pastor
Enéas Tognini. Alckmin orou, fechou os olhos, levantou as mãos e decretou:
“Feliz a cidade, feliz o Estado, feliz a nação cujo Deus é o Senhor”.
Em troca de apoio político os líderes evangélicos negociam
modificações e inserções nos programas de governo dos pré-candidatos, entre eles,
o ensino religioso na grade regular de escolas públicas e a neutralidade diante
de temas como a legalização do aborto, descriminalização das drogas e leis de
privilégios aos movimentos homossexuais.
Apesar dos pedidos dos líderes, os pré-candidatos evitam se
comprometer. Padilha pediu que orassem por ele, que trouxessem propostas para a
elaboração do seu programa e se mostrou favorável ao uso das igrejas
evangélicas em programas de tratamento para dependentes químicos.
“Com certeza nossas reivindicações vão entrar no plano de
governo. São pedidos pertinentes e ele [Padilha] me disse isso pessoalmente”,
afirmou Luciano Luna, coordenador do setorial de assuntos religiosos do PT.
Alckmin também promoveu um encontro com lideres evangélicos
na sede do governo paulista. Uma agenda com pastoras também deve ser
estruturada para a primeira-dama, Lu Alckmin.
“O governador já foi a todas as igrejas evangélicas que você
pode imaginar. Ele vai ao interior e é convidado a participar de cultos, assim
como a missas”, disse o presbítero Geraldo Malta, do PSDB.
Outro pré-candidato em busca de apoio é Paulo Skaf, do PMDB,
que já marcou diversos encontros com lideres evangélicos e tem uma meta de
alcançar um milhão de votos do segmento religioso.
“Pretendemos consolidar o apoio de mil lideranças
[evangélicas]. Cada uma buscará mais cem pessoas, que buscarão mais dez, o que
dá um milhão de eleitores”, disse o coordenador do núcleo evangélico do PMDB,
pastor Renato Galdino. Com informações Folha de SP
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