A
jornal, o procurador Rodrigo Janot afirma que delações funcionam como
rastilho de pólvora – e que nenhum empresário vai querer ficar com a
maior pena para si
O procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, acredita que os executivos presos na sétima fase da Operação
Lava Jato, que levou para cadeia dirigentes de empresas que formam entre
as maiores e politicamente mais influentes do Brasil – OAS, Camargo
Corrêa, Mendes Júnior, Queiroz Galvão, UTC, Engevix, Iesa e Galvão
Engenharia –, além do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque,
vão buscar acordos de delação premiada na tentativa de reduzir suas
penas. A afirmação foi feita ao jornal ‘Folha de S. Paulo’. “Se um abrir
a boca, abre todo mundo”, avalia.
“Isso é um rastilho de pólvora. Quando
um começa a falar, o outro diz: ‘Vai sobrar só para mim?’ E aí eles
começam a falar mesmo”, afirmou Janot ao jornal. O procurador disse
ainda que, a princípio, os indícios dão conta de que há uma quadrilha
operando o esquema de desvio de recursos da Petrobras. “Mas está cedo
para falar”, avalia.
Sobre os crimes que teriam sido
cometidos pelos empreiteiros, o procurador afirma que eles são
investigados por fraude em licitação, lavagem de dinheiro, crime contra o
mercado e corrupção ativa. “As empreiteiras diziam que eram alvo de
concussão [exigência de dinheiro pelos funcionários da estatal]. Se
puder me explicar como fraude à licitação decorre de concussão, eu
concordaria com a tese. Como a concussão te obriga a fazer um cartel,
fraudar uma licitação e ganhar um dinheirão? Está sendo extorquido para
ganhar dinheiro? Vamos combinar, não é”, afirmou Janot.
A Justiça Federal rejeitou neste domingo
(16) mais seis pedidos de liberdade para os executivos presos.
No sábado, outros cinco pedidos de habeas corpus haviam sido
indeferidos. A decisão coube à desembargadora plantonista Maria de
Fátima Freitas Labarrère, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região de
Porto Alegre. Os investigados que tiveram o pedido de liminar rejeitados
foram o presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho; o diretor
financeiro da OAS Mateus Coutinho de Sá Oliveira; o advogado da OAS
Alexandre Portela Barbosa; o vice-presidente da Engevix, Gerson de Mello
Almada; e os diretores técnicos da Engevix Carlos Eduardo Strauch
Albero e Milton Prado Júnior.
No sábado, os habeas corpus analisados e
indeferidos foram do diretor vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo
Hermelino Leite; do presidente da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos
Avancini; do presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa,
João Ricardo Auler; do diretor presidente da área de internacional da
construtora OAS, Agenor Medeiros; e do funcionário da OAS José Ricardo
Nogueira Breghirolli.
Na decisão, a desembargadora manteve o
argumento da Justiça Federal de que as detenções foram necessárias para
impedir que os acusados atrapalhassem a investigação da Polícia Federal.
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Fonte: Veja
Governo novo, ideias novas.
OU SERÁ… Governo velho, as mesmas ideias. by Mensalão
Não valerá realmente mais o povo brasileiro do que
os conventilhos de advogados administrativos, as quadrilhas de corretores
políticos e vendilhões parlamentares, por cujas mãos corre barateada,
a representação da sua soberania? Escrito de Rui Barbosa 20/03/1919
Podeis enganar toda a gente durante um certo tempo; podeis mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo; mas não vos será possível enganar sempre toda a gente.” (ABRAHAM LINCOLN)
FORA SALAFRÁRIOS