O
ano começa pesado para quem tem filhos estudando: o material escolar,
vilão número um da renda familiar de janeiro, tem tirado o sossego de
muitos pais.
E estudar pode sair muito caro principalmente para quem vai
começar os primeiros anos de alfabetização, pois a listagem de
materiais é maior.
A estratégia então é pesquisar preços em lojas e
também na internet antes das compras. Pesquisa feita pelo site de
compras Zoom revelou que o preço dos materiais podem variar até 802% de
uma loja para outra, o que na prática dará uma diferença de até R$ 1.156
na conta.
A
técnica em Química Gyselly Reis conhece bem a importância de pesquisar
antes de comprar os pedidos das escolas. Com dois filhos, um adolescente
que este ano irá cursar o 8º ano, e outro que vai começar a estudar
agora, não é possível passar o material que o mais velho usou ano
passado ao iniciante.
“Tive que pesquisar mesmo, porque tenho que
comprar tudo de novo”, ressaltou a mãe.
Gyselly
optou por começar as compras pelos livros didáticos – para ela os itens
mais importantes da sua lista. “Os livros estão bem mais caros este
ano. Só com o mais velho gastei R$ 850, um deles custou R$ 103”. Diante
dos preços, precisou comprar a metade no cartão.
Atenta
à qualidade dos produtos e ao preço, a adolescente Larissa Rosa, 14,
acabou revelando o que aprendeu com os pais na hora de fazer as compras:
que o importante é primeiro pesquisar. Ela recebeu a missão de comprar o
material escolar para a irmã menor e ao receber a lista acessou a
internet. “Tem coisas mais baratas, mas aí a gente ia perder no frete.
Então vim à livraria e vou comprar onde será mais em conta”.
Preço das marcas
De
acordo com a pesquisa, a maior variação de preço dos produtos está
relacionada à marca de cada item. Um exemplo disso está no valor das
mochilas, que podem custar de R$ 14,89 a R$ 379,90. Os itens que possuem
marcas licenciadas e patentes podem custar até 5.000% a mais.
A
universitária Ana Letícia Guimarães, 22, comemora o fato de não mais se
preocupar com uma lista grande de materiais, mas alerta: “Quando posso,
antecipo a compra porque no início do ano fica mais caro”.
A
farmacêutica Eliane Chagas observa que muitos dos produtos solicitados
não são usados pela criança durante o ano letivo. “Eu solicitei a
direção da escola que me apresentasse o conteúdo programático do 1º ano,
que é a que o mais novo vai cursar. Vou comprar conforme eu verificar o
programa. Ano passado comprei um livro de R$ 156, no qual só foi usado
duas vezes pelo meu filho”, reclamou.
(Diário do Pará)
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