O plano
da Assembleia de Deus de criar um partido político que reúna todos os fiéis que
atuam nos poderes Legislativo e Executivo está sendo posto em prática com a
ajuda de um exército de pastores e obreiros.
A
Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) mobilizou, através
dos ministérios filiados, um contingente de mais de 40 mil pastores, recolhendo
assinaturas de fiéis em aproximadamente 100 mil locais de culto em todo o país.
A CGADB
assumiu o projeto de criação do Partido Republicano Cristão (PRC) como forma de
dar legitimidade à sigla, congregando as diversas correntes políticas da
denominação, e pôs o plano em prática a
partir da última eleição. A eventual legenda já conta com um site, onde
apresenta suas aspirações.
“Existe
um pensamento em nos concentrarmos em um único partido, para que a nossa ação
seja mais direcionada e eficaz. Como a lei eleitoral cria restrições para a
migração de partido, as assinaturas para se criar uma nova sigla estão sendo
providenciadas”, disse o pastor Lélis Marinho, responsável pela coleta de
assinaturas, de acordo com informações do jornal Valor Econômico.
Dentre os
pastores assembleianos com mandatos parlamentares a nível federal estão Marco
Feliciano (PSC-SP), Eurico da Silva (PSB-PE), Silas Câmara (PSD-AM), Sóstenes
Cavalcante (PSD-RJ), Paulo Freire (PR-SP) – filho do presidente da CGADB,
pastor José Wellington Bezerra da Costa -, entre outros.
Com 18
milhões de fiéis, os diferentes ministérios da Assembleia de Deus formariam uma
força política significativa se o projeto do PRC for levado adiante.
A
denominação vem avançando em um projeto de solidificação entre os evangélicos,
e tem posto em prática ações de exploração do potencial econômico que esses
fiéis representam.
No começo
deste ano, foi anunciado o lançamento da primeira operadora de celular do país ligada à
Assembleia de Deus. A Alô Serviços vai operar na rede da Vivo e
oferecer planos de telefonia aos membros da igreja.
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