Um novo
atentado terrorista contra cristãos deixou 147 pessoas mortas no Quênia, no
último domingo, 05 de abril. A autoria foi reivindicada pelo grupo extremista
islâmico Al Shabaab.
O ataque
foi realizado próximo à fronteira com a Somália, em uma universidade. Os
terroristas entraram atirando no campus e fizeram professores e alunos reféns,
antes de separá-los em grupos de muçulmanos e não-muçulmanos.
As
agências de notícias internacionais informaram que imagens do massacre mostram
corpos cobertos de sangue em uma sala da universidade. Ao ouvir os disparos,
alguns estudantes tomaram a iniciativa de fugir. “Estávamos dormindo e ouvimos
alguns tiros. Era um grupo em torno de cinco [terroristas] e as pessoas
começaram a pular, correndo por suas vidas”, disse um estudante, que não quis se
identificar, em entrevista à Reuters.
Uma
estudante cristã que sobreviveu disse que estava em um grupo de oração quando
começou o atentado. Amuna Geoffreys disse que se escondeu e conseguiu ouvir os
diálogos entre os terroristas: “Os assassinos ordenavam que ligassem para suas
casas para dizer aos pais: ‘Morremos porque Uhuru Kenyatta (presidente
queniano) insiste em permanecer na Somália’ Enquanto faziam as ligações eles os
matavam”, relatou.
A data
escolhida foi proposital, segundo os próprios terroristas: “Não tememos a
morte, para nós é como ir de férias na Páscoa”, diziam os extremistas islâmicos
segundo relato da estudante, fazendo referência ao feriado cristão celebrado no
último domingo.
As
autoridades quenianas ofereceram recompensa equivalente a US$ 215 mil dólares
por informações que levem à prisão de Mohamed Mohamud, líder do ataque do Al
Shabaab. O grupo é filiado à Al-Qaeda e foi fundado em 2004.
A escolha
do termo “shabaab” (“juventude”) como nome é comum a diversos grupos de jovens
muçulmanos ao redor do mundo, o que pode causar confusão com outras
organizações religiosas de nome idêntico, porém sem atuação terrorista.
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