segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

PASTOR WALTER DA MATA

EU ME ENVERGONHO


Paulo disse: “ Não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para Salvação de todo o que crê.” Nos seus dias, assumir seu compromisso com o Evangelho, significava pensar e viver diferente da religião, política, da filosofia e da ciência.

• Na religião, era vergonhoso crer na ressurreição de Cristo, ter uma vida sem ostentação, e aguardar a volta de Jesus em glória;

• Na política, assumir Jesus como seu Senhor e Rei, era confronto certo;

• Na filosofia, ter um Deus, que “não teve por usurpação ser igual a Deus”, mas que se humilha e se permite crucificar, era vergonhoso;

• Na ciência, a história de ter se encontrado com Deus e escutado sua voz e chamado, quando ia a Damasco, fugia à razão;

Mas Paulo, não se envergonhava, continuava recontando seu encontro com Cristo, pregando o cumprimento das Escrituras, os ensinos de Cristo, sua morte, ressurreição, seu retorno glorioso, ressurreição dos mortos e o arrebatamento da igreja. Disto também, eu não me envergonho.

MAS EU ME ENVERGONHO:

• Da mercantilização do evangelho. Vendemos relíquias como meio de graça: rosas, toalhas com suor santo, sabonete, sal grosso, espada de São Jorge para lutar contra satanás, óleo do monte das oliveiras e outras tantas;

• De como visões, sonhos e as experiências de “arrebatamento” individual, se tornam como fonte de doutrina;

• De ver, como em nosso meio, boatos são vendidos como fatos, mas quando se é conveniente, fatos são vendidos como boatos;

• De que pastor tenha outro preço, além do sangue precioso de Jesus;

• De fazermos política eclesiástica, e ainda usando as mesmas regras e valores mundanos;

• Da ausência de qualidade e integridade de pessoas que portam uma credencial de pastor;

• De quem despreza o estudo teológico, mas me envergonho mais ainda de quem confunde formação teológica, com o chamado de Deus para pastorear;

• De ver a igreja assumir posturas “politicamente corretas”, mesmo contrariando os princípios da Palavra de Deus, apenas para “ficar bem na fita”;

• De chegarmos tão fragmentados ao centenário das Assembléias de Deus no Brasil, a ponto de não termos condições de celebrar juntos;

• De nossa fragmentação, pois ela nos impede de termos uma rede educacional, do básico ao superior;

• De que este “negócio chamado igreja”, está cada vez mais desvalorizado, enquanto cresce, e como cresce, esta “igreja chamada negócio”;

• De que não sentimos vergonha de todas essas mazelas;

Como eu sonho com uma nova maneira de ser pastor, de liderar, de gerir as finanças eclesiásticas, de formar e ordenar obreiros. Que Deus me ensine a me envergonhar das coisas de que se deve envergonhar e a não me envergonhar dos fundamentos do evangelho de Cristo, pois “eu amo a mensagem da cruz, até morrer eu a vou proclamar. Levarei eu também minha cruz, até por uma coroa trocar”

Walter da Mata



Postado por Pastor Walter

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