quinta-feira, 16 de junho de 2011

MPE pede afastamento do prefeito

MPE pede afastamento do prefeito de Tucuruí



Prefeito Sancler Ferreira: suspeitas de improbidade administrativa

O Ministério Público do Estado (MPE) do Pará ajuizou Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa contra o prefeito de Tucuruí, Sancler Ferreira (PPS). Na ação, entre outras penalidades, o MPE pede a perda da função pública (mandato), bem como a suspensão dos direitos políticos dele pelo prazo de 3 a 5 anos e multa.

A ação do MPE foi motivada inicialmente devido a denuncias de cinco vereadores: Jones William (PT), Antonio Alberto Braga (PT), Tom Bonfim (PT), Edileuza Meireles (PSC) e Antonio Carlos de Souza (PTB).

O MPE pede a condenação do prefeito por prática de ato de improbidade administrativa por ofensa ao art.11 da Lei nº. 8.429/92, sancionando o requerido nas penas do art. 12, 111, da Lei n°. 8429/92, a saber:

Além da perda de função pública, se condenado, o prefeito pode ficar proibido de ser contratado em qualquer das esferas do Poder Público e de receber benefícios ou incentivos fiscais, bem como créditos direta ou indiretamente pelo prazo de 3 anos.

Conforme o documento obtido com exclusividade pela reportagem, o MPE decidiu ajuizar a ação civil pública porque o gestor não cumpriu a determinação do próprio Ministério Público que mandou que a PMT abrisse para consulta pública todas as contas referentes aos anos de 2008 a 2010.

“A prefeitura nunca disponibilizou a prestação de contas à Câmara de Tucuruí nem tão pouco encaminhou cópias do relatório resumido da Execução Orçamentária”, aponta o documento assinado pelos promotores de Justiça de Tucuruí, Isaac Sacramento da Silva e Renato Belini.

Conforme o documento, as investigações demonstram que a administração do prefeito Sancler Ferreira tem desrespeitado totalmente os princípios da transparência pública desobedecendo a inúmeras regras constitucionais “fechando-se numa verdadeira caixa preta”.

Essa é a justificativa para tentar “descortinar os atos da Prefeitura de Tucuruí”. O MPE exige que a PMT apresente a prestação de contas de todos os trimestres pendentes à Câmara de Tucuruí em cumprimento à Lei Orgânica do Município e a Constituição Federal.

O MPE também deve notificar a Câmara de Vereadores de Tucuruí exigindo a prestação de contas dos anos de 2008 a 2010.

A exemplo do prefeito, o então presidente da Câmara, Francisco Alves Ribeiro, Chico Enfermeiro (PP), nunca prestou contas aos vereadores sobre os gastos da CMT, o que levou os vereadores da oposição a acionar o MP exigindo a prestação de contas.


PRESTAÇÃO DE CONTAS


No ano passado, cinco dos 10 vereadores de Tucuruí protocolaram junto ao Ministério Público Estadual uma representação contra o prefeito Sancler Ferreira e o vereador Chico Enfermeiro, por não terem prestado contas relativas ao exercício de 2009 e 1º quadrimestre de 2010.

Sancler já havia sido notificado a cumprir o disposto no §3º dos artigos 31 da Constituição Federal, 49 da Lei de Responsabilidade Fiscal e 68 da Lei Orgânica do Município, no prazo de 15 dias.

Na época, foram feitas diversas denúncias contra a administração. Falta de infraestrutura urbana, ruas cheias de buracos, escolas danificadas e sem manutenção, merenda escolar deficiente, postos de saúde sem remédios, médicos e estrutura física, falta água potável nas torneiras, e os bairros abandonados foram algumas das reclamações.

A situação também foi denunciada junto à Procuradoria Geral do MPE, ao Tribunal de Contas da União (TCU), Tribunal de Contas do Estado (TCE-PA), ao Conselho Nacional do Ministério Público e ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Contas de Chico Enfermeiro também são cobradas e a CMT terá de disponibilizar a totalidade dos documentos que compõem as prestações de contas do Poder Legislativo referentes ao exercício de 2009 e 1º quadrimestre de 2010.

Estão sendo cobradas as notas de empenho e ordens de pagamento, notas fiscais, recibos, ordens de serviço, contratos, termos de recebimento de obras e produtos, folhas de pagamento, bem como os processos licitatórios, na íntegra.
 
Fonte: www.agorapress.com.br

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