terça-feira, 22 de novembro de 2011

Bel Mesquita: “Regionalização e segmentação são o futuro do turismo”

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Bel Mesquita participa da abertura do Congresso

.O Congresso do 23º Festival do Turismo de Gramado foi iniciado na manhã desta sexta-feira, dia 18, com o painel “Reordenação do mercado, o futuro da economia turística mundial”. Ana Isabel Mesquita de Oliveira, secretária Nacional de Políticas de Turismo, abriu o seminário com um panorama do cenário turístico brasileiro e, na sequência, expôs os desafios a serem enfrentados.

O turismo representa 3,6% do PIB brasileiro – a expectativa é que chegue a 6% até o final da década – e gera R$ 132 bilhões em renda. Os gastos dos turistas estrangeiros alcançaram US$ 4,3 milhões e a estimativa é que 2011 feche com a cifra de US$ 4,98 milhões. Os desembarques também foram destacados pela secretária. De janeiro a setembro de 2011, 6,7 milhões de turistas estrangeiros chegaram ao Brasil, contra 5,8 milhões no mesmo período de 2010, um aumento de 16,05%. Já o turismo doméstico obteve um aumento de 18,67% em visitantes domésticos, saltando de 49,5 milhões para 58,8 milhões.

“De tudo o que é movimentado pelo setor, 85% é fomentado pela viagem de brasileiros dentro do nosso país, um dado importantíssimo e explicado pela expansão das classes C e D e do mercado corporativo”, lembrou Bel Mesquita. Segundo ela, o turismo emprega 7 milhões de pessoas no Brasil.

Uma das principais tendências sócio-econômicas apresentadas em pesquisas, de acordo com a secretária, é o aumento do impacto positivo do turismo como eixo multiplicador do desenvolvimento econômico e social das comunidades locais. Nesse cenário, ela destaca os principais desafios do Brasil: ampliar os fluxos turísticos internos interregional e intraregional, formular políticas públicas para a incorporação de nichos específicos (solteiros, casais sem filhos, mochileiros, LGBT, melhor idade, pessoas com deficiência e outros) e atrair novos viajantes à base do turismo doméstico. “Cento e cinco milhões de brasileiros não viajam e precisam ser inseridos nesse mercado”, destaca a executiva. No final, ela enviou um recado para os agentes: “As agências não irão acabar, mas elas precisam se transformar”.

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