segunda-feira, 26 de março de 2012

MAIS QUE NUNCA, O BRASIL FICOU SEM GRAÇA!



Ninguém deu tantos amigos ao povo brasileiro quanto Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, o nosso Chico Anysio, pai do Bozó, do Painho, do Pantaleão, do Alberto Roberto, do Coalhada, do Justo Veríssimo, do Haroldo e de tantos outros que nos fizeram e sempre nos farão sorrir. Descanse em paz, Chico Anysio

Aos 80 anos, Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho partiu. Perdemos nosso melhor amigo. Ou aquele que nos presenteou com uma galeria imensa de melhores amigos. Nenhum artista, na face da Terra, foi tão completo quanto o nosso Chico Anysio, nascido em Maranguape, criado no Rio de Janeiro e presente em todos os lares de um país continental como o Brasil. Chico criou uma centena de personagens, deu vida a todos eles e os interpretou de forma primorosa. Seus amigos dizem que Chico é o Chaplin brasileiro. Mas Chico foi genial em quase tudo o que criou; o inglês acertou com Carlitos. E todos os personagens do nosso gênio, como o Painho, o Pantaleão, o Bozó, o Alberto Roberto e tantos outros, são quase pessoas reais, de carne e osso, tal é a sua presença no imaginário nacional.


Aos 80 anos, Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho partiu. Perdemos nosso melhor amigo. Ou aquele que nos presenteou com uma galeria imensa de melhores amigos. Nenhum artista, na face da Terra, foi tão completo quanto o nosso Chico Anysio, nascido em Maranguape, criado no Rio de Janeiro e presente em todos os lares de um país continental como o Brasil. Chico criou uma centena de personagens, deu vida a todos eles e os interpretou de forma primorosa. Seus amigos dizem que Chico é o Chaplin brasileiro. Mas Chico foi genial em quase tudo o que criou; o inglês acertou com Carlitos. E todos os personagens do nosso gênio, como o Painho, o Pantaleão, o Bozó, o Alberto Roberto e tantos outros, são quase pessoas reais, de carne e osso, tal é a sua presença no imaginário nacional.

A perda de espaço de Chico Anysio na Globo coincide com a degradação do humor no Brasil. O que antes era crítica social começou a dar espaço à agressão e à degradação humana. E assim surgiram os Cassetas, os Pânicos e os Rafinhas. Ao contrário destes, Chico é eterno. E será sempre lembrado porque os seus personagens fazem parte da vida de todos nós.


Justo Veríssimo, como os muitos que há no Senado, foi inspirado numa conversa de Chico com Alceu Valença, que conhecia um político pernambucano que tinha ojeriza a povo. O Bozó, que “trabalhava na Globo”, é o retrato do brasileiro que, sempre que pode, trafica influência – por menor que seja. Seu Pantaleão, o maior contador de casos da nossa história, tinha a voz inspirada na de Luiz Gonzaga. Painho é o retrato de uma Bahia onde muitos que chegam ao poder querem também ser painhos. E Alberto Roberto, sem dúvida, foi o maior galã de todos os tempos, na história da humanidade.


Na memória de muitos brasileiros, no entanto, Chico será mais lembrado por sua atração mais recente: a Escolinha do Professor Raimundo, onde ele, com a sua alma generosa, abriu espaço e garantiu o sustento de vários humoristas veteranos – muitos dos quais, agora, o aguardam em algum lugar do paraíso. E assim como acolheu os mais velhos, ele também as portas da televisão para os mais jovens, como Tom Cavalcante, Claudia Jimenez e Heloísa Perissé.


Chico Anysio se foi, mas é eterno, assim como suas criações.


Obrigado por tudo, Chico.


Descanse em paz!


Extraído do texto de Leonardo Attuch - Brasil 247

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