quinta-feira, 21 de março de 2013

Mesmo sob pressão, Marco Feliciano ainda permanece na presidência da Comissão de Direitos Humanos


Mesmo sob pressão, Marco Feliciano ainda permanece na presidência da Comissão de Direitos Humanos ED FERREIRA/ESTADÃO CONTEÚDO
Presidente da Câmara fez apelo para que pastor renunciasse, mas parlamentar decidiu continuar no comando da comissão

Em nova sessão tumultuada, Feliciano permaneceu apenas oitos minutos na comissão

Após uma tarde de reuniões entre os líderes do PSC e Alves, o pastor decidiu permanecer no comando da comissão. O líder do PSC na Câmara, André Moura (SE), confirmou que o presidente da Câmara fez um apelo para que o pastor renunciasse ao cargo.

Envolto em uma maré de repercussão negativa devido a declarações contra negros e homossexuais, as especulações sobre a renúncia de Feliciano aumentaram durante esta quarta-feira, principalmente após o jornal O Globo ter publicado reportagem sobre declarações do deputado contra as mulheres. Em entrevista a um livro, o pastor Feliciano criticou pautas do movimento feminista, afirmando que tais reivindicações podem levar a uma homossexualização da sociedade.


A reportagem provocou nova onda de repercussões negativas via redes sociais. Nesta tarde, o pastor permaneceu por apenas oito minutos na sessão e abandonou os trabalhos da comissão após novos protestos de manifestantes contrários a sua permanência na presidência.

No início da tarde, apesar de a segurança da Câmara ter barrado a entrada de alguns manifestantes, outros conseguiram burlar o bloqueio, entrar na sala onde ocorria a sessão da CDH e fazer protestos contra o deputado. Feliciano chegou à sala cercado por seguranças às 14h26min. Abriu a reunião logo na sequência e, em meio aos gritos de "retrocesso não", repassou a presidência ao deputado Henrique Afonso (PV-AC), autor do requerimento para a audiência pública que discutiria os direitos humanos dos portadores de transtorno mental.

Mas, depois de muito bate boca, após a saída do pastor, a reunião foi encerrada sem qualquer debate sobre o tema. O representante do ministério da Justiça, Aldo Zainden, abandonou o debate após iniciar o seu discurso afirmando que o País vive um retrocesso em relação aos direitos humanos. Ele diz ter sido censurado pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que o ordenou a falar apenas sobre o tema da audiência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário