Senado cancela voo que iria de Brasília para o Rio levando parlamentares
O Senado cancelou a comitiva de congressistas que iria ao Rio de Janeiro, na Jornada Mundial da Juventude, para representar a Casa em encontro com o papa Francisco. Por considerar que o número de senadores estava "excessivo", o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) disse que os parlamentares que forem ao evento não serão custeados pela instituição —e, se quiserem, terão que bancar a viagem por conta própria.
"Essa comissão cresceu bastante, ela não vai se constituir, está cancelada por sugestão do senador Pedro Simon. Todos os senadores estão convidados, mas não vamos custear despesas com passagens nem hospedagem nos hotéis do Rio", disse Renan.
LISTA COMEÇOU COM OITO
Oito senadores haviam pedido oficialmente até o final de junho para integrar a comitiva organizada pela Casa. Quatro já tinham conseguido confirmar presença na missão:
Cícero Lucena (PSDB-PB), Vicentinho Alves (PR-TO), Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Ruben Figueiró (PSDB-MS). Também deputados federais integrariam a comitiva, mas o seu número ainda não estava fechado. Ao que tudo indica, o voo levaria ao menos 24 parlamentares, entre senadores e deputados.
NÚMERO “MAIS MODESTO”Católico e discípulo da Ordem Franciscana, Simon foi quem sugeriu o envio do grupo para o encontro com o Papa, mas disse que recuou da viagem diante do excesso de pedidos — porque esperava um número mais "modesto" de congressistas.
Os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Francisco Dornelles (PP-RJ), Paulo Paim (PT-RS) e Vital do Rêgo (PMDB-PB) também encaminharam formalmente ofícios para integrar a comitiva. Rollemberg disse que já havia pedido para não receber diárias nem passagens do Senado, porque iria por contar própria aos eventos no Rio.
As duas Mesas do Congresso já havia negado a possibilidade de os deputados e senadores viajarem ao Rio em avião da FAB (Força Aérea Brasileira), mas eles usariam as passagens a que têm direito pela cota mensal da Casa.
COM DIÁRIASPor ser uma missão oficial, os congressistas também receberiam diárias pagas pelo Senado pelas atividades fora de Brasília
TEMOR DE MANIFESTAÇÕES PESOU1 Nos bastidores, congressistas afirmam que a decisão tomada por Renan teve maior base política do que econômica.
2 Não seria, também, uma decisão solitária. Os próprios senadores estariam com medo de vaias por parte de manifestantes ou ataques ao Congresso durante a Jornada .
3 Já se sabe quedevem ocorrer manifestações e protestos tanto no Rio de Janeiro, quanto em Aparecida do Norte (SP) — cidade s por onde o Papa vai passar. Afinal, até a presidente Dilma foi alertada.
Senadores relacionados:
Cícero Lucena
Francisco Dornelles
Inácio Arruda
Lindbergh Farias
Paulo Paim
Pedro Simon
Renan Calheiros
Rodrigo Rollemberg
Ruben Figueiró
Vicentinho Alves
Vital do Rêgo
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