Localizado em uma Floresta Nacional, parque traz retrato da Amazônia.
Além de roteiro turístico, local investe na preservação da biodiversidade.


O analista ambiental Leandro Jordy mostra o parque
para os visitantes (Foto: Divulgação)
para os visitantes (Foto: Divulgação)
O parque tem uma área equivalente a 30 campos de futebol. A maior parte deste terreno é de floresta nativa - apenas 30% do espaço é de área construída. Dentro do parque, o visitante tem contato com macacos, araras e antas que vivem livremente, além de conhecer exemplares de espécies vegetais. Por mês, cerca de 10 mil pessoas passam pelo local, que foi inaugurado em 1985.
Turistas que já foram ao local destacam a experiência de conhecer de perto as características da Floresta Amazônica como o principal atrativo do passeio. O estudante Pedro El-Corab, 20 anos, natural de São João Del Rey, em Minas Gerais, visitou o local quando seu pai morava no município, e lembra da experiência do contato com a floresta Amazônica em Parauapebas. “Gostei muito do parque, achei muito interessante o fato de estar localizado no meio da floresta Amazônica. Isso faz com que a gente veja os animais e consiga imaginá-losno meio da floresta, vivendo livremente. Gostei bastante também do tratamento dos animais todos bonitos, sinal de que não são maltratados e vivem bem no Parque”, conta
Chegar no parque zoobotânico é uma atração adicional: saindo de Parauapebas, o turista observa paisagens diferentes da Amazônia, como as serras de aspecto ferroso e cor avermelhada, influência dos minérios da região. A mata densa também é outra característica marcante, já que o parque está dentro da Floresta Nacional de Carajás. Para chegar ao parque, o visitante precisa se identificar na portaria da Flona antes de seguir viagem, já que a atração fica 26 km após a entrada da área preservada.
A bancária Carmem Blanco, de 57 anos, que mora em Belém, ficou maravilhada com a possibilidade de conhecer esta outra região do estado, diferente da capital paraense em termos de biodiversidade e geografia. “Foi um prazer enorme subir a serra, um passeio muito particular. Fiquei realmente deslumbrada, é muito diferente, não sabia se estava realmente no Pará. A gente vê a paisagem mudando, uma paisagem atípica, cada coisa linda, aquela estrada íngreme. Fiquei impressionada com o orquidário e o borboletário!”, diz.
O servidor público Victor Hugo Santos, 26 anos, também compartilha a impressão de Carmem. Ele mora em Belém e aproveitou uma visita ao sudeste do estado para conhecer o parque. “Nunca tinha ido para o sul do Pará e é uma visão diferente de Amazônia, desde a estrada que dá acesso ao parque. No passeio aparece muito bicho também e isso é bem interessante”, conta.

Taíssa Rodrigues ao lado do marido, Willian
Ferreira, no parque.
(Foto: Taíssa Rodrigues/Arquivo pessoal)
Ferreira, no parque.
(Foto: Taíssa Rodrigues/Arquivo pessoal)
1991.

O parque dispõe de serviço de visitas guiadas para grupos de turistas, escolas, instituições, que precisam ser agendadas previamente. Se o passeio não for agendado, existem sinalizações por todo o parque, que orientam o caminho a ser seguido. Além disso, o parque tem programação diversificada durante o ano inteiro com atividades como trilhas ecológicas, jogos educativos, exibição de filmes e exposições.
Para atender ao público, o parque conta com 23 profissionais, entre equipe administrativa, veterinário, biólogo, analistas em meio ambiente e sustentabilidade, identificadores botânicos, técnicos em meio ambiente e tratadores de animais.

Gavião Real e outras atrações
Entre os habitantes ilustres do parque está um casal de gaviões reais, ave de rapina da Amazônia que é a maior espécie de águia do Brasil. Para presevar as aves foi desenvolvido em 2009 no parque um projeto de reprodução em cativeiro, que funciona através de parceria com o Instituto Chico Mendes e o Instituto Nacional da Amazônia (INPA).

Gavião Real é um dos moradores do parque
(Foto: Divulgação / Vale)
Graças a políticas como esta, o local se tornou uma importante ferramenta para ações de educação ambiental na região. Em dezembro de 2012 o Parque Zoobotânico Vale inaugurou uma sala interativa onde o visitante pode entrar em contato de forma mais próxima com a diversidade natural amazônica. Com cerca de 400 espécies da fauna e da flora, na Sala de Exposições é possível, por exemplo, conhecer o animal proporcionalmente mais forte do mundo: o besouro-rinoceronte, que pode carregar até 850 vezes o próprio peso.
O Parque mantém ainda um herbário; uma sala de coleções com frutos, sementes, madeiras e insetos; e hospital veterinário. Além das exposições, o parque realiza atividades especiais em dias temáticos. “Isso faz parte de um programa de médio prazo de educação ambiental, o Projeto de Educação Ambiental em Áreas Protegidas, de caráter conservacionista, voltado para a conservação da floresta, do bioma amazônico”, explica Leandro Jordy.
Serviço
O Parque Zoobotânico de Carajás é aberto ao público diariamente, das 9h às 15h30. Endereço: Estrada Raimundo Mascarenhas, s/n KM 26 - Núcleo Urbano de Carajás, sudeste do Pará. O acesso ao parque é feito via terreste, de carro ou de van, saindo de Paraupebas. Visitas podem ser agendadas pelo telefone (94) 3327-4878.
Fonte: G-1
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