Manifestantes voltarão às ruas na manhã de hoje

Manifestantes
sairão às ruas tendo como uma das principais reivindicações a redução
no preço da tarifa de ônibus para R$ 2,00 (Foto: Thiago Araujo /
Arquivo)
Uma nova
mobilização juvenil está programada para a manhã de hoje em Belém. Com
concentração marcada para as 8 horas, na Praça da Leitura, em São Brás,
manifestantes planejam voltar às ruas para cobrar respostas em relação a
recentes decisões da gestão municipal.
No protesto haverá uma homenagem à gari
morta na segunda manifestação organizada na cidade, Cleonice Vieira. Um
dos motivos do ato é a decisão da prefeitura de congelar e não reduzir o
preço da tarifa de ônibus na região metropolitana, que permanece no
valor de R$ 2, 20 pelo menos até o final deste ano.
“Estamos indignados porque todo esse tempo
passou e nenhuma resposta foi dada. Ninguém, até agora foi
responsabilizado e pelo caminhar das coisas nem vai ser. Tem muita gente
revoltada com isso”, diz a integrante do Movimento Belém Livre, Nice
Gonçalves sobre a morte de Cleonice. Com a manifestação de hoje chega a
cinco o número de mobilizações organizada apenas pelo movimento, todas
convocadas pelas redes sociais.
ASSEMBLEIA
ASSEMBLEIA
Com um número mais reduzido de pessoas em
Belém e com a pouca participação na realização dos últimos atos, o
movimento não definiu detalhes do protesto, como o horário de saída e
itinerário, por exemplo. À medida que forem chegando, os manifestantes
se concentrarão para uma assembleia que também decidirá se haverá algum
tipo de bloqueio às vias da cidade.
Não há expectativa em relação ao número de
participantes que já chegou a 15 mil, mas nem tem alcançado a marca das
500 pessoas nas mais recentes mobilizações. “Muita gente confirma, mas
na hora não aparece. É imprevisível”, avalia Nice.
Durante o ato de hoje, a principal referência será a gari Cleonice Vieira que morreu após a explosão de uma bomba próxima ao local onde ela se abrigava.
Durante o ato de hoje, a principal referência será a gari Cleonice Vieira que morreu após a explosão de uma bomba próxima ao local onde ela se abrigava.
Hipertensa e escalada para trabalhar no dia
da manifestação que terminou em frente à prefeitura, Cleonice apresentou
sucessivas paradas cardíacas e acabou não resistindo. A trabalhadora
nomeia o acampamento montado por estudantes e movimentos sociais na
Praça da Leitura. Para agosto, na volta às aulas, uma nova mobilização
também já estaria sendo organizada.
“Vamos voltar com força total no dia 5 de
agosto. As mobilizações continuam. Queremos o Passe Livre e o
congelamento anunciado pela prefeitura não nos atende. Exigimos redução
para R$2”, reafirma Nice. A intenção do Belém Livre é que um novo
protesto marque o reinicio dos trabalhados na Câmara Municipal de Belém
(CMB) que no final do semestre chegou a aprovar o Plano Plurianual (PPA)
às pressas e com muitas críticas.
“Vamos voltar para a Câmara na expectativa
de que as cenas da última vez não se repitam e que a Guarda não haja com
truculência porque estamos cansados de apanhar. Nosso movimento tem
caráter pacífico, não vemos cenas como em outras cidades”.
(Diário do Pará)
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