segunda-feira, 30 de março de 2015

Propósito para Semana Santa: Fim da Corrupção





Entramos na Semana Santa, tempo dedicado pelos cristãos às orações, reflexões e jejuns, culminando com a paixão, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Nada de orações vazias, os tempos atuais exigem dar sentido prático à nossa fé. Proponho dedicarmos esses dias, até a Festa da Páscoa, a reflexões sobre como a corrupção dominou a sociedade brasileira e como podemos nos livrar dela, assumindo compromisso para estirpá-la de todas as partes, inclusive das nossas vidas, tornando a nossa casa e o nosso país limpos e sadios.

A corrupção dominou nossas instituições e, por isso, vivemos uma verdadeira crise moral, tanto na política, quanto na sociedade.

A corrupção política deriva da corrupção social, que é consequência de um coração corrupto. Se o coração do homem fosse puro, não haveria corrupção. “Porque onde está teu tesouro, lá também estará teu coração” (Mt 6,21)

O Brasil está cansado de tanto dinheiro público desviado por empresários, políticos e funcionários públicos. O dinheiro deveria melhorar a vida das pessoas – inclusive a de quem o rouba –, financiando políticas públicas de educação, saúde, geração de emprego e rendas. O dinheiro público que iria melhorar a vida de muitas pessoas, acaba financiando o luxo de poucos.

O mal exemplo dos dirigentes do país espalha-se como rastilho de pólvora por todos os cantos do país. Atingindo o coração das pessoas, influenciando negativamente as relações sociais.

Incomodam o comportamento mentiroso, inescrupuloso, anti-éticos das pessoas em relação as outras.

O que é corrupção?

O Dicionário  da Língua Portuguesa define corrupção como o comportamento desonesto, fraudulento ou ilegal que implica a troca de dinheiro, valores ou serviços em proveito próprio. No sentido figurado é a degradação moral.


A corrupção fede. Segundo o Papa, uma sociedade corrupta exala um odor insuportável.

No tempo de Jesus Cristo apareceram pessoas corruptas e Ele as combateu incessantemente. Apontou a corrupção dos fariseus, dos saduceus, dos essênios e dos zelotas. Não os combateu apenas com palavras, mas usou até um açoite para expulsar os vendilhões do Templo de seu Pai.

Jesus Cristo sempre praticava o que pregava.

É hipocrisia apontar a corrupção que ocorre no governo, entre os empresários e políticos e praticá-la no cotidiano, nos pequenos gestos, quando para se extrai proveito de uma situação, deixa-se de cumprir as regras e respeitar o direito das outras pessoas.

Não fiquemos preso ao passado ruim da nossa sociedade. As corrupções que estão acontecendo deve nos desafiar a mudar o país e as nossas vidas.

Devemos desestimular atitude corruptas em nossa sociedade. qualquer vantagem pessoal por menor que ela seja, precisa parar. Fraudar licitações. Deixar de entregar o que foi contratado. Superfaturar preços públicos. Criar dificuldade para vender facilidade. Chega de todo esses males que nos maltratam.

Como um verdadeiro cristão, devemos fazer um propósito de usar a verdade em tudo no nosso cotidiano. Limpemos o nosso coração da corrupção praticada até aqui. E como pessoas limpas, ajudemos a construir um sociedade limpa, cheirosa.

Pensei em terminar essa reflexão com as leis penais sobre corrupção e outros crimes conexos. Mas, ao contrário, resolvi seguir com Jesus Cristo, que deixou apenas uma lei, com um único artigo, mas que, sendo observado, livraria a nosa sociedade desse grande mal: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes”. (Marcos 12:31).

Se amarmos o próximo como a nós mesmo, não há hipótese para a prática de qualquer ato de corrupção, pois a corrupção ofende quem recebe e quem pratica.

Artigo publicado no Estado do Tapajós

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