sexta-feira, 19 de agosto de 2011

LANÇAMENTO DE FRENTE CONTRA A DIVISÃO DO PARÁ FOI UM FIASCO



Dois enormes trios elétricos tocando para "gatos pingados", uma mesa de trabalho cheia de "papagaio de pirata", mas o plenário do Auditório João Batista, na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), com menos de cem pessoas.

Este foi o cenário desalentador do lançamento da "Frente em Defesa do Pará Contra a Criação dos Estado do Tapajós e Carajás", ontem, aqui em Belém. Nos grandes jornais locais, hoje, as reportagens mostraram apenas fotografias da mesa que coordenou o evento, e nelas não faltou "papagaio de pirata", e não fizeram qualquer referência ao público presente. Olheiros presentes garantem que não havia cem pessoas no local.

O próprio coordenador da tal frente, deputado estadual Celso Sabno (PR), acusou o desalento: "Essa (sic) campanha vai ser do povo, porque se o povo não fizer parte dessa frente, não vamos poder fazer nada". Ou seja, ainda não é, se é que um dia será.

O presidente da uma tal Frente "Não Carajás", Sérgio Pimentel, seguiu no rumo do desalento: "Estamos esperando que se abra para maior participação popular, porque, se a população não se engajar, os separatistas vão ter mais força", choromingou.

Sem nenhuma empolgação para falar a um plenário esvaziado, a Ceso Sabino restou dar uma informação, mas sem nenhuma motivação: "Tem uma passeata contra a divisão que está sendo orquestrada pela internet para o dia 221 de agosto", como se não tivesse nada com a referida mobilização.

Segundo o jornal Diário do Pará de hoje, fazem parte da frente lançada, ontem, os seguintes parlamentares: deputados estaduais Celso Sabino (PR), Edmilson Rodrigues (Psol), Carlos Bordalo (PT), Chico da Pesca (PT), Valdir Ganzer (PT), Edilson Moura (PT), Eduardo Costa (PTB),  Alessandro Novelino ((PMN) e José Raimundo de Oliveira (PSB), além dos federais Elcione Barbalho (PMDB) e Miriquinho Batista (PT).

Um fracasso!

À noite, na Associação Comercial do Pará, a frente se reuniu com empresários. Nela, o deputado federal Zenaldo Coutinho(PSDB), um dos líderes do movimento contrário à criação dos Estados do Tapajós e Carajás, anunciou a estratégia central para convencer a população: a divulgação do estudo socioeconômico que está sendo elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp) e Universidade Federal do Pará (Ufpa).

"Esse estudo é fundamental e mostrará as consequências da divisão", afirmou Zenaldo, confirmando o que já se suspeitava: o estudo não sera sério, mas faccioso, parcial, feito de forma a construir argumentação enganosa contrária à criação dos dois novos estados.

Pergunta que insiste em não aceitar a mordaça: o Ipea, o Idesp e a Ufpa vão de prestar a essa vergonha?

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