Estudantes de medicina farão mobilização
Acadêmicos de medicina, sindicatos e conselhos da classe fazem mobilização hoje em todo o país em favor do Revalida, exame
de validação dos diplomas de medicina estrangeiros.No Pará, o Ato
Público Revalida Sim ocorre a partir das 8h30 na Praça Batista Campos,
com panfletagem e recolhimento de assinaturas para um abaixo assinado
pedindo a permanência do exame, que pode ser interrompido pelo
Ministério da Saúde (MS).
Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos do Pará (Sindimepa), João Gouveia, a avaliação é fundamental para observar as capacidades técnicas do profissional.
“O exame avalia três quesitos. O
teórico, para saber se ele sabe quais são as doenças prevalentes no
Brasil, que é diferente dos outros. A prática, onde vamos saber se ele
tem habilidade para cirurgias e outras necessidades. E, por último, o
médico deve fazer o teste de proficiência da língua portuguesa”,
explica.
DURAÇÃO
O exame dura pelo menos três meses, até
que todas as etapas sejam concluídas. Tempo que o sindicato acredita que
o MS pretende poupar. “O governo alega que faltam médicos para ir ao
interior e que a contratação deveria ser emergencial. No entanto, nós
temos médicos daqui e formados no exterior. Mas a maioria deles prefere
trabalhar nas capitais porque nos municípios do interior o salário e a
estrutura não compensam”, afirma.
O ministro da Saúde, Alexandre
Padilha é um dos principais alvos das críticas dos manifestantes. “A
prova é feita pelos Ministérios da Saúde e Educação,
mas a Revalida ainda é apenas uma portaria. Por isso estamos também
recolhendo assinatura para um abaixo assinado que deve reforçar um
projeto de lei que já circula no Congresso para tornar o exame obrigatório”, revela.
A intenção do ato é prestar
esclarecimentos à sociedade sobre o Movimento Revalida Sim, para isso
unem estudantes e profissionais de Medicina. A categoria esclarece, no
entanto, que não é contra a vinda de médicos estrangeiros para o Brasil,
desde que eles cumpram a legislação brasileira para atuação
profissional, da mesma forma que acontece em outros países, onde os
médicos brasileiros precisam se submeter às regras locais. “Os médicos
formados em outros países são bem-vindos, até porque muitos deles são
brasileiros. Apenas ressaltamos a necessidade de mantermos o Revalida”,
comenta Gouveia.
(Diário do Pará
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