sábado, 9 de novembro de 2013

O baile da Ilha Fiscal


Por Parsifal Fontes


Em 9 de novembro de 1889, a monarquia ofereceu uma suntuosa recepção aos oficiais do navio chileno "Almirante Cochrane. A história batizou a festa de “Baile da Ilha Fiscal”, porque foi realizada na ilha de mesmo nome, na capital do Império, Rio de Janeiro.
Ilha
A monarquia dançava, comia e bebia, sem imaginar que o seu fim já estava selado: seis dias depois, em 15 de novembro, proclamou-se a República e o Imperador D. Pedro II, que recebeu os convivas na Ilha Fiscal, foi deposto e exilado. A monarquia, totalmente apartada da realidade, polia as suas porcelanas e faianças, enquanto as ruas ebuliam.
> O Pará é a Ilha Fiscal? 
Enquanto alguns secretários de Estado, dirigentes de autarquias e da administação indireta, viajam para o exterior às custas do erário, e outros batem boca com grevistas, na vida real assassinam-se políticos e advogados, bandidos matam soldados, soldados matam bandidos, anuário nacional aponta o Pará como vice-campeão em homicídios em todo o Brasil, a capital alaga com cinco minutos de chuva, professores grevam há mais de 40 dias, servidores do Detran e policiais militares ameaçam fazer greve e gravações colocam juízes do TRE-PA sob suspeita.
> Casso
O cartunista Casso ilustra a violência que grassa no Pará, com a bandeira alvejada por um tiro. A ilustração foi cortada da coluna do jornalista “Guilherme Augusto”, no “Diário do Pará” de hoje (8).
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> João Bosco
O cartunista J. Bosco ilustra o caos que se estabelece em Belém quando chove mais de 5 minutos, com o fino humor do que seria os “Jogos Escolares da Juventude em Belém”. A ilustração foi cortada de “O Liberal”, edição de hoje (8).
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Alguém aí foi convidado para o baile?


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