sábado, 25 de janeiro de 2014

Preço de material escolar pode variar mais de 800%



O ano começa pesado para quem tem filhos estudando: o material escolar, vilão número um da renda familiar de janeiro, tem tirado o sossego de muitos pais. 

E estudar pode sair muito caro principalmente para quem vai começar os primeiros anos de alfabetização, pois a listagem de materiais é maior.

 A estratégia então é pesquisar preços em lojas e também na internet antes das compras. Pesquisa feita pelo site de compras Zoom revelou que o preço dos materiais podem variar até 802% de uma loja para outra, o que na prática dará uma diferença de até R$ 1.156 na conta.

A técnica em Química Gyselly Reis conhece bem a importância de pesquisar antes de comprar os pedidos das escolas. Com dois filhos, um adolescente que este ano irá cursar o 8º ano, e outro que vai começar a estudar agora, não é possível passar o material que o mais velho usou ano passado ao iniciante. 

“Tive que pesquisar mesmo, porque tenho que comprar tudo de novo”, ressaltou a mãe.

Gyselly optou por começar as compras pelos livros didáticos – para ela os itens mais importantes da sua lista. “Os livros estão bem mais caros este ano. Só com o mais velho gastei R$ 850, um deles custou R$ 103”. Diante dos preços, precisou comprar a metade no cartão.

Atenta à qualidade dos produtos e ao preço, a adolescente Larissa Rosa, 14, acabou revelando o que aprendeu com os pais na hora de fazer as compras: que o importante é primeiro pesquisar. Ela recebeu a missão de comprar o material escolar para a irmã menor e ao receber a lista acessou a internet. “Tem coisas mais baratas, mas aí a gente ia perder no frete. Então vim à livraria e vou comprar onde será mais em conta”.

Preço das marcas

De acordo com a pesquisa, a maior variação de preço dos produtos está relacionada à marca de cada item. Um exemplo disso está no valor das mochilas, que podem custar de R$ 14,89 a R$ 379,90. Os itens que possuem marcas licenciadas e patentes podem custar até 5.000% a mais. 

A universitária Ana Letícia Guimarães, 22, comemora o fato de não mais se preocupar com uma lista grande de materiais, mas alerta: “Quando posso, antecipo a compra porque no início do ano fica mais caro”.

A farmacêutica Eliane Chagas observa que muitos dos produtos solicitados não são usados pela criança durante o ano letivo. “Eu solicitei a direção da escola que me apresentasse o conteúdo programático do 1º ano, que é a que o mais novo vai cursar. Vou comprar conforme eu verificar o programa. Ano passado comprei um livro de R$ 156, no qual só foi usado duas vezes pelo meu filho”, reclamou.

(Diário do Pará)

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